• 10 de maio, 2024 03:12

No governo Bolsonaro quem manda são os gabinetes paralelos e o centrão

ByDudu Correia

mar 25, 2022

Por Tarso Araújo

Editor do Leia Sempre

Muita gente anda horrorizada no Brasil porque somente agora está “descobrindo” que no governo Bolsonaro quem manda não é ele. Vez por outra aparecem os arrependidos na internet e redes sociais dizendo que votaram no Bolsonaro e que agora estão arrependidos porquê agora descobriram dentre outras coisas que há corrupção no governo e que Bolsonaro entregou o governo brasileiro para pastores, centrão, militares e ao Paulo Guedes e seus amigos banqueiros.

Esses argumentos acima podem até ser convincentes em um primeiro momento, mas a história não cola. A verdade é que Bolsonaro tomou para si a tarefa de destruir o estado brasileiro, de destruir nossa cultura e educação, se puder o Carnaval também, e deixa o comando do estado para seus aliados predadores que vão usando e abusando de dinheiro público, fazendo do orçamento secreto o maior escândalo de corrupção política da história do Brasil.

Uma pergunta que não cala: quando vai mesmo sair dos cofres públicos para o centrão nesse esquema do orçamento secreto?

Alguns dizem que já vai em 16 bilhões de reais. Mas esse poço tem fundo?

Outra verdade é que em cada ministério, e essa conversa rola em Brasília há um gabinete paralelo agindo nas sombras, manipulando dinheiro, distribuindo verbas aos aliados e enchendo os cofres de políticos bolsonaristas que se preparam agora para vencer as eleições.

Se podemos agora vislumbrar e ver de perto o que os bolsonaristas fazem no Ministério da Educação, imagine o que se passa na Saúde, Agricultura, Meio Ambiente, Economia e por aí vai.

Há um gabinete paralelo na educação manipulando verbas federais com o silêncio dos órgãos de fiscalização e da Justiça. Há um gabinete na Saúde que foi pego pela CPI da Pandemia e um na economia que faz negócios astronômicas com investidores, fatia a Petrobrás e entrega nosso petróleo e essa gigantesca e lucrativa empresa para empresas americanas e de outros países.

A imprensa publicou recentemente: “Desde o começo de 2021, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura promoveram encontros de prefeitos no MEC, que levavam a pagamentos e empenhos em apenas dias ou semanas depois dos encontros.”

Outra: Acusa o prefeito Gilberto Braga (PSDB) da cidade de Luís Domingues (MA) que o pastor Arildo Moura ligado ao tal gabinete paralelo no MEC pediu 1 quilo de ouro após a liberação dos recursos mais 15 mil reais.

Isso não será investigado?

Enquanto estamos no Brasil da fome, desemprego, inflação, degradação ambiental, desmonte das instituições e morte por Covid-19 chegamos a conclusão que a corrupção não é nosso maior problema. Mas que precisa ser combatida, precisa.

Foto: Carolina Antunes/PR

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *