Marcelo Alves
Enfermeiro e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte
A luta dos trabalhadores e dos servidores brasileiros no momento atual requer muita atenção das direções sindicais e de todas as categorias profissionais.
No âmbito nacional, atualmente, temos um governo (de Jair Bolsonaro) que avança nas conquistas e vitórias dos trabalhadores. A política bolsonarista é retirar direitos e garantias.
No caso dos trabalhadores da iniciativa privada já vimos a reforma trabalhista, a reforma previdenciária, uma série de normas retirando direitos e agora a MP 1045 aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.
No caso de nós servidores públicos, os ataques estão apenas começando e para quem no serviço público apoiou Bolsonaro em 2018, a resposta, o troco vai ser a aprovação da PEC 32, da reforma administrativa.
Lembrando que essa reforma, dentre outras coisas, vai retirar direitos dos servidores, eliminar a estabilidade funcional, vetar concursos públicos, retirar direitos trabalhistas, garantias salariais e de função, e, mais ainda, direito de greve, paridade e férias serão atingidos.
Bolsonaro e seus aliados, inclusive no movimento sindical fazem um alarde dizendo que os servidores públicos brasileiros são os grandes responsáveis pela ineficiência da máquina administrativa e até pela corrupção. A mais pura mentira. Os servidores são os grandes lutadores e responsáveis pelo atendimento da população e pela qualidade dos serviços.
Outra ação de Bolsonaro é que na proposta de reforma administrativa as férias em período superior a 30 dias, licenças, promoção baseada em tempo de serviço estão ameaçadas, e o governo quer ainda acabar com a paridade no serviço público prejudicando os aposentados.
Portanto, não pode ser outra a postura das entidades e centrais sindicais e do conjunto dos servidores se colocarem contra a PEC 32 e juntos, construirmos uma ampla mobilização no dia 18 de agosto para impedir a aprovação da reforma administrativa.
Mais ainda, é preciso que nós servidores em Juazeiro do Norte estejamos alertas, pois na história do nosso sindicato tivemos sempre uma postura de independência diante do patrão, seja quem for o gestor, para que assim possamos conduzir as lutas da categoria com isonomia, independência e fortalecendo os servidores e seus direitos.
Precisamos, nós servidores de Juazeiro do Norte, unirmo-nos a todos os servidores do Brasil contra uma reforma que além de retirar direitos históricos dos servidores vai caminhar no sentido de transformar o serviço público em um espaço para negociações e até privatizações.
Portanto, precisamos nos unir em torno da defesa de um serviço público cidadão, com direitos a todos e com um servidor público valorizado.
Essa deve ser a nossa luta…