• 8 de maio, 2024 20:06

O blefe de Bolsonaro custa caro ao Brasil

ByTarso Araújo

ago 13, 2021 #política

Matéria principal do jornal Leia Sempre desta sexta-feira, 13, edição nº 72.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) joga dinheiro público no lixo e em negociações para assegurar sua base no parlamento e evitar um impeachment. Nunca na história do Brasil foi tão claro um governo que abusa de negociações com parlamentares para assegurar uma base para aprovar seus projetos. Mas, esbarrou nesta semana numa tanqueada mal feita e no não dos deputados ao voto impresso. Blefou demais e termina a semana como um presidente isolado, ao lado de militares que perdem a credibilidade em um governo paralisado e uma CPI chegando nas ilegalidades que pelo andar da carruagem eram de amplo conhecimento do presidente.

Foto: Twitter/Reprodução

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EDITORIAL

Mais um blefe de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem marcando seu mandato por várias colocações que variam da ameaça clara de um golpe para se manter no poder até as bravatas como a que aconteceu nesta semana.

Ao convocar militares para colocar seus tanques em Brasília no dia da votação no plenário da Câmara dos deputados da PEC do voto impresso que vem sendo perseguido por Bolsonaro como discurso para “alertar” que perderá a eleição pois sem voto impresso há fraude na urna eletrônica que o elegeu nas últimas décadas.

Os tanques foram às ruas e viraram os militares alvo de críticas de diversos setores sociais e políticos, os memes deixaram claro que a sociedade viu que tudo não passava de mais um blefe de um presidente que não consegue administrar a décima segunda economia do mundo e está imerso numa crise social, econômica, política e sanitária no meio de um governo perdido e incompetente.

Maios ainda, ao colocar tanques em uma outra bravata Bolsonaro catapulta o Brasil a ter uma imagem de República de Bananas, chacota no mundo e com um governo que quer dar quartelada para resolver sua própria leniência e morosidade em resolver as questões que são importantes aos brasileiros.

Bolsonaro e seu governo são uma piada.  Por isso mesmo sabe que em 2022 dificilmente terá chance de vitórias. Mais blefes e bravatas virão por aí. Podem esperar.

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BOLSONARO E SEU GOLPE

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a semana inteira esticando a baladeira. Ou seja, joga para todo lado, atinge adversários com acusações e acusa sem provas. Ademais, persegue seu sonho de dar um golpe e, para isso, faz até blefar. E o blefe nesta semana saiu caro para o contribuinte que paga a farra com dinheiro público para desfiles militares, e,  ao mesmo tempo, sai caro para o povo brasileiro que se vê constantemente ameaçado de um golpe que simplesmente vai bem longe de existir.

 BOLSONARO INDO PARA A ELEIÇÃO

A eleição presidencial de 2022 está vindo por aí e está indefinida. Bolsonaro sabe que não tem como dar golpe e se prepara para a eleição daí porque está numa política de arregimentar forças e se apresentar como candidato antissistema. Vai unir todo esse perfil de gente que o segue nas redes sociais e tentar derrotar o favorito, que é Lula. Vai ser uma luta das mais difíceis para ambos os lados. Bolsonaro, lembrem-se controla o governo e o caixa.

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 O desfile dos cacarecos da República

Por Marcos Leonel

O que resta da República são frangalhos, são farrapos rotos, são cacarecos insepultos, são regras que se aplicam às farsas, são ossos dados aos cães nazistas, criados para devorarem o povo, são treinados para deixarem vestígios históricos extremamente visíveis. A República que desfila é a mesma que se escondeu nos porões da Ditadura Militar, é a mesma que torturou, que matou, que fez desaparecer a dignidade de um povo.

Bolsonaro faz desfilar a sua fraqueza e sua índole fascistóide. A sua incompetência suprema já desfila há mais de trinta anos na política brasileira, sendo boa parte dela eleita pela urna eletrônica, sem o menor vestígio do voto impresso. Há mais de trinta anos as urnas eletrônicas diplomam a política brasileira, sendo que boa parte dos eleitos são pilantras corruptos, assim postos pela vontade do povo. A urna eletrônica já pariu mais 115 milhões de votos para o clã miliciano que ocupa o governo como prole.

Vereador, deputado, senador e presidente, todos da família Bolsonaro eleitos pela votação eletrônica, todos da família eleitos pelas urnas eletrônicas defendem as fraudes eleitorais das urnas eletrônicas, pois é assim que se apascenta o gado, pois é assim que o inimigo público é construído para justificar a usurpação do poder, esse é o sacramento religioso que garante a transubstanciação da República em República de bananas. Transformar o país em pária foi o mais fácil, o difícil é apagar essa vergonha perante o mundo.

Quem votou nisso não tem vergonha, pois ele é soma, é identidade absoluta. Quem se olha no espelho e ri, aduba o nazista que há em si. Os aplausos dados aos cacarecos em forma de tanques e blindados, aplaudem a mortandade de judeus mortos nos campos de concentração, aplaudem o racismo e o preconceito, aplaudem o direito de roubar o que resta da República, ratificam a presença das milícias que escravizam comunidades, em pleno terceiro milênio, em pleno ataque a céu aberto contra o estado de direito.

O papelão de molecagem das forças armadas é a proficiência de quem se especializou no estelionato ideológico de salvar a pátria. As forças armadas propagam a salvação da pátria quando são elas mesmas que ameaçam a pátria e chafurdam no poder, comendo, bebendo e mijando como donos dos porcos que se alimentam de sobras. Desde que as forças armadas foram transformadas nas milícias das oligarquias brasileiras e deram o golpe da República, eles desfilam suas armas e proclamam o direito de proclamar que não existem direitos.

Cacarecos e caricaturas caminham juntos na maior decadência moral da história brasileira. Eis que o beco se afunila, em nome de Deus. A quem defenda que o Brasil é isso mesmo e que Bolsonaro representa a sociedade brasileira. A quem defenda que Bolsonaro representa o retrocesso medieval, com todo o seu maucaratismo teocrático em forma de fantasma. A quem defenda que o caminho é uma guerra civil, de fato e de direito. Mas a realidade é mais imperiosa do que suposições, sendo que o vazio histórico desses dois anos e meio das tropas de Bolsonaro no poder é feito de respostas sem perguntas. O achincalhe do Brasil não tem indagações, só as mãos lavadas é que pertencem a Pilatos. Eu aproveito e pergunto: o que é que Bolsonaro vem mesmo fazer no Cariri?

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