Exatamente uma semana depois e novo homicídio foi registrado em Crato. Por volta do meio dia desta terça-feira (07) o ex-policial militar José Erasmo Gomes de Morais, de 53 anos, foi executado a tiros de fuzil. O crime aconteceu no bairro Mirandão, onde residia, tendo como autores dois homens que fugiram numa picape Strada de cor branca com suposto apoio de outros dois numa moto. Ele era pre-candidato a vereador nas eleições deste ano em Crato e até já teve a oportunidade de assumir o cargo na condição de suplente pelo PROS na vaga de Dárcio Luiz.
Recentemente, dia 6 de novembro, se envolveu num conflito na Câmara Municipal com a vereadora Mariângela Bandeira (PMN) e uma ativista da causa animal. Quando ainda era soldado, Erasmo Morais foi expulso da Polícia Militar. Em 2002 ele chegou a ser preso sob acusação da formação de quadrilha e crimes de extorsão junto a donos de veículos irregulares resultando na sua expulsão. Em dezembro de 2010 foi acusado de crimes de tortura, sequestro e peculato época em que a Polícia Federal promoveu uma operação, mas os processos contra Erasmo foram arquivados em 2011 ao provar sua inocência.
Este foi primeiro homicídio do mês de maio em Crato e o 12º do ano do município ou 31,5% em relação aos 38 assassinatos registrados no decorrer do ano passado. O último deste ano tinha acontecido terça-feira (30) quando o comerciante Adriano Marinheiro da Silva, de 53 anos, morreu no Hospital São Camilo em Crato. Ele residia na Rua Santa Luzia (Muriti) e, na noite do último dia 14 de abril, tinha sido esfaqueado naquele bairro falecendo 16 dias depois. Foi o sexto homicídio de abril em Crato e o 11º do ano ou 29% em relação aos 38 registrados ano passado.
Publicado no site Miséria