Nesta quinta-feira (9), o presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta a segunda greve geral contra o pacote de reformas que busca aprovar no Congresso. Os trabalhadores paralisaram os serviços de transporte terrestre, marítimo e aéreo, além de instituições educacionais, financeiras e comerciais em todo o país.
No final de abril, Milei obteve a aprovação de sua Lei Ônibus na Câmara dos Deputados, e agora o texto está sob avaliação das comissões do Senado antes de ser levado ao plenário. Entre os principais pontos da proposta estão a privatização de uma lista de empresas estatais, a concentração de poderes nas mãos de Milei e uma reforma trabalhista moderada.
Convocada pela CGT (Confederação Geral do Trabalho), a greve de 24 horas não prevê manifestações nas ruas, mas conta com a adesão de trabalhadores estatais da saúde, do turismo, dos ferroviários e do metrô de Buenos Aires, entre outros setores.
A CGT acusa o governo Milei de falta de “diálogo social” e de implementar “um ajuste brutal que afeta especialmente os setores de menores rendimentos, as classes médias assalariadas, aposentados e pensionistas”.
Estima-se que a greve desta quinta-feira afete cerca de 6,6 milhões de pessoas, com aproximadamente 400 voos cancelados e 70 mil passageiros prejudicados, segundo a Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo.
Os sindicatos dos trabalhadores dos portos de Rosário, responsáveis por 80% das exportações agroindustriais do país, declararam que “tudo ficará parado”. “Será uma greve ativa, pacífica, e os líderes sindicais visitarão as 17 empresas que temos na região para debater com os colegas”, afirmou o líder sindical Martín Morales à AFP.
Com informações da Folha de S.Paulo