• 9 de maio, 2024 10:00

Leiamos poesia. Por Luciana Bessa

ByTarso Araújo

ago 6, 2021 #cultura

Luciana Bessa

Coordenadora da Roda de Poesia do Coletivo Camaradas e idealizadora do Blog Literário Nordestinados a Ler

O texto poético, ontem e hoje, revela múltiplas representações, conexões e simbologias.  Carregado de subjetividade e de vários recursos estilísticos, como as figuras de linguagem, o ritmo, a musicalidade e a sonoridade, esse tipo de texto apresenta-se, essencialmente, em versos.

A poesia é uma festa tipográfica de palavras que alterna silêncios, produz barulhos, instiga questionamentos, aguça a sensibilidade, expõe a subjetividade do seu criador e leva o leitor a querer conhecê-lo. Ela tem o poder de captar, condensar e propagar a “vida como ela é”. Ler poesia é como ir a uma festa de / com palavras. É a única arma que o poeta dispõe para ultrapassar as pedras em seu caminho, para se recusar a viver em um “mundo caduco”, clamar a todos que andem de “Mãos Dadas” em prol de uma sociedade igualitária.

Distingue-se da narrativa porque não pretende contar uma história, mas antes externalizar o interior do sujeito lírico, suas ideias, suas dores, suas angústias e seus segredos mais íntimos. Isso não significa que o poeta não possa ‘brincar’ com os gêneros literários.  Há poesias-narrativas, como o “O Caso do Vestido”, de Carlos Drummond de Andrade, assim como narrativas-poéticas, como “A Casa”, de Natércia Campos.

A leitura do texto poético redimensiona nossa sensibilidade, nos proporciona bem-estar, alivia nossas angústias, alimenta nosso tédio, amplia nossa visão de mundo, nos leva a questionar o que somos, o que sentimos e o que queremos. A nossa existência é um ato de criação poética.

Ademais, um estudo da Universidade de Liverpool, cujos resultados foram antecipados pelo jornal britânico “Daily Telegraph” afirma que ler poesia é mais útil para o cérebro que os livros de autoajuda.

O poeta T. S. Eliot dizia e, eu concordo, que a leitura é em si uma experiência de vida. Somos feitos daquilo que vivemos e daquilo que lemos, portanto, leiamos mais poesias!

 

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