• 18 de maio, 2024 07:22

Servidores públicos vão às ruas dia 18 contra a Reforma Administrativa e a PEC 32

ByTarso Araújo

ago 6, 2021 #Brasil

CAPA DO LEIA SEMPRE

SERVIDORES PÚBLICOS VÃO ÀS RUAS DIA 18 CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA E A PEC 32

No próximo dia 18 de agosto milhões de servidores públicos dos mais diversos níveis (municipais, estaduais e federais) estarão realizando ampla mobilização para ir às ruas contra a PEC 32 do governo Jair Bolsonaro que ataca direitos dos servidores e que privatiza o serviço público. Essa reforma é o maior ataque aos 12 milhões de servidores públicos brasileiros em toda a história da República. Centrais sindicais se uniram em torno do movimento contra a PEC 32.

A reforma administrativa ataca servidores e o serviço público

Por Tarso Araújo, editor do Leia Sempre

Não é de hoje que os servidores e o serviço público de forma particular são alvos de ataques de governos neoliberais de plantão que tentam justificar todo tipo de mazela à existência de servidores públicos concursados e com estabilidade.

Não à toa, podemos voltar aos longínquos anos 80 do século 20 e nos lembrarmos de Fernando Collor de Melo, que com a ajuda da grande mídia brasileira se transformou no “caçador de marajás” vindo com o devido apoio midiático, da elite brasileira e do rentismo a se tornar presidente da República. O final da história de Collor é conhecida. E lembrar que os tais marajás eram na realidade os servidores públicos transformados pela propaganda da época nos culpados pelo desastre do Estado brasileiro que  saia de uma feroz ditadura militar e do problemático governo Sarney.

Passados todos esses anos parece que a sociedade brasileira sofre de algum tipo de falta de memória pois esse discurso volta com muito mais força no momento atual, conta com apoio de parte da sociedade que parece esquecer que todo o fracasso dos governos anteriores e do atual reside no fato de que a elite brasileira quer  a qualquer custo vender nossas riquezas naturais, destruir o serviço público e os empregos e para isso conta com o governo Bolsonaro,  neoliberal na economia e totalitário nas suas ações políticas.

Parece ser essa a receita ideal para retirar direitos dos servidores públicos, dos trabalhadores da iniciativa privada e de milhões de brasileiros e brasileiras que amargam aumento do desemprego recorde, mais 6 milhões de desalentados e 33 milhões de trabalhadores fazendo bico, ou seja, com emprego incerto, sem renda fixa e sem direitos.

Daí porque a reforma administrativa  de Jair Bolsonaro chama a atenção de setores organizados da sociedade brasileira, de juristas, dos sindicatos que apontam que essa reforma caso seja aprovada será bem pior que o tal momento do caçador de marajás.

Será o momento da transformação do serviço público para pior com a criação de um modelo excludente, de ataque aos direitos dos servidores em todos os níveis, e vai abrir as portas para que o serviço público brasileiro se coloque à disposição do setor privado.

Uma espécie de privatização do setor público brasileiro, que faz parte do receituário neoliberal do governo Bolsonaro. Nesse sentido, e não por outro motivo, centrais sindicais realizaram nesta semana manifestações como uma forma de abrir um período de mobilizações que vai desaguar no dia 18 de agosto com manifestações por todo o Brasil contra a reforma administrativa, contra as privatizações, contra a minirreforma trabalhista e pelo Fora Bolsonaro.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores Sérgio Nobre acredita que as mobilizações em 18 de agosto serão fundamentais para que servidores e trabalhadores de outras categorias continuem mobilizados para ampliar o movimento por uma greve geral no Brasil.

Lembrando que a reforma administrativa tem entre seus penduricalhos a ideia de fim do concurso público colocando à disposição de políticos mais de 200 mil cargos de comissão a serem distribuídos entre políticos e cabos eleitorais aparelhando o estado brasileiro. Será o início do fim do serviço público brasileiro. Os servidores públicos abram os olhos pois seus direitos estão por um fio.

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