• 11 de maio, 2024 22:34

Rússia e Ucrânia definem data de nova rodada de negociações

ByDudu Correia

mar 28, 2022
Emergency service members search for bodies in debris of the regional headquarters in Kharkiv on March 27, 2022. - France's President Emmanuel Macron has warned against a verbal "escalation" of Russia's invasion in Ukraine, after US President Joe Biden branded Vladimir Putin a "butcher" who "cannot remain in power".In Kharkiv, where authorities reported 44 artillery strikes and 140 rocket assaults in a single day, residents were resigned to the incessant bombardments. (Photo by Aris Messinis / AFP)
Aris Messinis /AFP

Neste domingo (27), Rússia e Ucrânia acordaram a quinta rodada de negociações presenciais após 33 dias de conflito armado. O chefe da delegação russa, Vladímir Medinski, confirmou que o próximo encontro acontecerá entre terça e quarta-feira (29 e 30 de março), em Belarus.

Na última sexta-feira, uma delegação dos EUA reuniu-se com as autoridades ucranianas pela primeira vez. Após a reunião com o presidente Joe Biden, o mandatário ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a solicitar apoio militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “É o que nossos sócios possuem e está se enchendo de pó. Somente com 1% das armas e aviões da Otan seria suficiente, não pedimos mais”, afirmou o chefe de Estado.

Na última quinta-feira, durante uma conferência em Bruxelas, os membros da Aliança acordaram movimentar 40 mil soldados para Lituânia, Letônia e Estônia, na fronteira com a Rússia. Apesar dos movimentos, Hungria e Turquia se negaram à apoiar novas sanções contra Moscou.

O porta-voz do Kremlim, Dmitri Peskov declarou que os diálogos não avançaram por falta de disposição de Kiev em negociar. Peskov disse que a Rússia iria interromper a operação militar “no mesmo instante”, caso a Ucrânia aceitasse suas condições, entre elas a garantia de neutralidade, autonomia para Donbass e o resonhecimento da Crimeia como território russo.

O chefe da República Popular de Lugansk declarou que pode ser realizado um referendo para discutir a anexação da região no leste da Ucrânia à Rússia, no mesmo formato realizado na península da Crimeia em 2014.

“Acredito que, em um futuro próximo, será organizado um referendo no território da República, em que as pessoas poderão expressar sua opinião sobre se devemos nos unir à Federação Russa”, afirmou o líder das forças independentistas, Leonid Pasechnik.

Em 33 dias de guerra, os números de mortos são controversos. Enquanto o Ministério de Defesa da Ucrânia disse na quarta-feira (23) que cerca de 15.600 soldados russos perderam a vida ou foram feridos, o Ministério da Defesa da Rússia publicou sua última atualização sobre vítimas no dia 2 de março: 498 mortos e 1.597 feridos.

As Nações Unidas contabilizam 953 civis mortos e 1.057 feridos. Além disso, cerca de 10 milhões de ucranianos foram desalojados e 3,8 milhões estão refugiados em outros países.

Publicado no site Brasil de Fato

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