O legado de Madre Feitosa
No momento em que o Crato vive a instalação do novo curso de medicina na Universidade Regional do Cariri (URCA) a Instituição fez uma justa homenagem a uma das mais importantes educadoras doa Região do Cariri, Madre Feitosa dando nome dela a unidade do curso de medicina ligado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Unidade Madre Feitosa.
Madre Feitosa foi uma das fundadoras do Colégio Pequeno Príncipe nos anos 60 que se tornou uma das mais importantes instituições de ensino no Crato, responsável por educar milhares de jovens estudantes.
Nascida em Tauá no dia 13 de setembro de 1921 Madre Feitosa chegou ao Crato aos 14 anos. Cursou o então ensino secundário e o curso normal no Colégio Santa Teresa de Jesus e, dois anos depois, optou pela vida religiosa, ingressando na congregação de mesmo nome.
Nela, iniciou também a prática do magistério. Formada em Pedagogia, na antiga Faculdade de Filosofia do Crato, foi diretora do Colégio Santa Teresa, secretária geral da congregação e eleita vice-superiora geral em três mandatos consecutivos.
Em junho de 1961, Madre Feitosa assumiu a direção Casa de Caridade do Crato que, anos antes, se transformou na Fundação Padre Ibiapina, reconhecida como instituição filantrópica em 1977. Dela, surgiram a Rádio Educadora, o Cine Teatro e o Colégio Pequeno Príncipe, inaugurado em 25 de março de 1969.
Do legado de Madre Feitosa está a conservação do prédio da Casa de Caridade, que desde sua inauguração em 1869, sofreu poucas alterações. Antes de seu comando, o local era mantido com apoio da Cúria Diocesana e o trabalho das irmãs, que promoviam cursos particulares
Em 1969, a convite de Dom Vicente Matos, terceiro bispo diocesano, Madre Feitosa fundou o Colégio Pequeno Príncipe. Os anos dedicados à Educação renderam-lhe inúmeras honrarias, dentre elas a medalha “Reitor Antônio Martins Filho”, em 2007, e o título “Doutor Honoris Causa”, em 2014. Ambos concedidos pela Universidade Regional do Cariri – Urca.
Portanto, a homenagem foi mais do que justa, pois Madre Feitosa significou não apenas uma educadora de excelência, mas uma pessoa que teve participação ativa na vida do Crato, formando gerações de estudantes que passaram pelo Colégio Santa Teresa e em seguida pelo Pequeno Príncipe que ela dirigiu por décadas.
Foto: Mauro Henrique Borges
Fontes: (1) Site da Diocese do Crato/Texto da jornalista Patrícia Mirelly. (2) Jornal Diário do Nordeste/ Texto de Antonio Rodrigues.
Publicado no Jornal Leia Sempre/COLUNA HOMENS E MULHERES QUE FAZEM O CARIRI