• 13 de maio, 2024 10:19

A pobreza ética e moral do bolsonarismo militante

ByDudu Correia

mar 11, 2022

COLUNA PANORAMA POLÍTICO

POR TARSO ARAÚJO

A pobreza ética e moral do bolsonarismo militante

Um dos episódios que mais deveríamos ter sentido uma verdadeira comoção da sociedade brasileira foi o assassinato premeditado da vereadora Marielle Franco.

A nobre vereadora morta a tiros juntamente com seu motorista Anderson Gomes teve uma execução premeditada, custou caro, foi usada logística pesada e silenciaram uma das mais promissoras figuras públicas não apenas do Rio de Janeiro, mas do Brasil.

Um crime silenciado. A pergunta constante de familiares e militantes dos movimentos sociais e de mulheres Brasil afora não pode calar:  quem matou Marielle e Anderson?

Mas, no meio desse turbilhão, da falta de sabermos quem mandou matar a vereadora eis que chegou a campanha eleitoral de 2018 e um fato chamou a atenção quando na campanha desse mesmo Rio de Janeiro que viu Marielle florescer em sua militância dois personagens obscuros fruto da avalanche fascista que tomava conta do Brasil quebraram uma placa com o nome de Marielle em pleno comício eleitoral levando a turba (e não público, pois pessoas normais assim não se comportariam) ao delírio

Foi a mais clara demonstração que o bolsonarismo que ali florescia e esperamos não prospere mais em terras brasileiras é antes de mais nada um ajuntamento do que há de pior na política brasileira, gente sem ética, moral, respeito ou empatia pelo sofrimento das pessoas.

O bolsonarismo unido à grupos como MBL, o lavajatismo morista, e tantas outras lideranças e movimentos de extrema-direita saíram das cavernas para trazer para a política brasileira o ódio, a violência, o racismo, a xenofobia, o preconceito, a homofobia, numa leva de políticos medíocres, reacionários, sem projeto para o Brasil que não seja destruir instituições, a democracia, o estado democrático de direito e a liberdade de imprensa e expressão. E se possível destruir as organizações do povo brasileiro e da sociedade civil organizada.

Gente que é financiada por gente poderosa que arrota honestidade, mas vemos hoje como funciona a extrema-direita no Brasil e seus modelos de honestidade.

Basta olhar para o governo Bolsonaro e seu orçamento secreto, as reuniões com gente do agronegócio para conseguir financiamento para a campanha bolsonarista, a venda das estatais a preço de banana e os diversos escândalos nunca investigados, pois as instituições estão simplesmente aparelhadas.

Sem falar no Gabinete do Ódio, o instrumento onde o bolsominion comum que vive nas sombras pode entrar em diversos grupos de whatsapp e em redes sociais e vomitar mentiras e mentiras sem controle e se achar um intelectual.  Espalhar mentiras para destruir os inimigos do mito e do bolsonarismo, travestidos esses inimigos como pobres, negros, comunistas, feministas, sindicalistas, padres e religiosos progressistas, negros, gente da periferia, gays, artistas, professores e professoras, intelectuais e qualquer outro tipo que entre no cardápio de inimigo. Dependendo a ocasião um segmento da sociedade vira inimigo. Mas o comunista é o mais comum pois é o nome mais usado pelos nazistas e extremistas de direita que tem o sonho de matar todos os comunistas do mundo, assim como tentou Hitler na segunda guerra e não conseguiu.

O bolsonarismo militante hoje tem no Gabinete do Ódio seu maior instrumento. E em gente como Daniel Silveira e Rodrigo Amorim que quebraram a placa com o nome de Marielle, além de personagens como o próprio Bolsonaro como seus espelhos e iguais.

Um agrupamento político que adora um político que passou 30 anos nas sombras, fazendo rachadinhas, votando contra a sociedade brasileira, ficando rico e pregando contra pessoas comuns, contra mulheres, gays, pobres, negros/as, militantes de esquerda, que bate continência para a bandeira americana, que ri da morte de brasileiros na pandemia e que nenhuma empatia tem.

Um agrupamento de pessoas sem ética, que sobrevive do apoio incondicional e suspeito da mídia brasileira e que conseguiu em 2018 serem considerados honestos e gente com moral. São na realidade um agrupamento de pessoas sem ética na prática política e social.

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