• 8 de maio, 2024 12:36

Grito dos Excluídos quer ampliar luta por participação popular, comida, moradia, saúde e emprego

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 A história do Grito dos Excluídos tem início no ano de 1995, quando aconteceu sua primeira edição, naqueles anos 90, com momentos de incertezas, de altos índices de desemprego e muita excluso social. A partir da Semana Social Brasileira organizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) surgiu a ideia de se fazer um movimento, uma articulação nacional dos movimentos sociais da Igreja Católica e os movimentos sociais e populares na busca de fazer o contraponto ao 7 de setembro.

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27º Grito dos Excluídos e Excluídas e o Brasil de Bolsonaro sem direitos, emprego e com democracia no fio da navalha

Por Tarso Araújo

Editor do Leia Sempre

A história do Grito dos Excluídos tem início com o ano de 1995, quando aconteceu sua primeira edição, naqueles anos 90, com momentos de incertezas, de altos índices de desemprego e muita excluso social.

A partir da Semana Social Brasileira organizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) surgiu a ideia de se fazer um movimento, uma articulação nacional dos movimentos sociais da Igreja Católica e os movimentos sociais e populares na busca de fazer o contraponto ao 7 de Setembro.

A Semana da Pátria, em que os brasileiros iam contemplar os longos e enfadonhos desfiles militares como se eles tivessem proporcionado ao nosso povo alguma liberdade.

A ideia central era fazer esse contraponto e colocar na rua os desassistidos, os desempregados, os excluídos de tudo, inclusive e principalmente de seus próprios direitos.

O primeiro Grito dos Excluídos/as foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema A vida em primeiro lugar mobilizando 170 localidades.

 

Neste ano de 2021 chegamos à 27ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas e o Brasil e principalmente a ampla maioria da classe trabalhadora brasileira, os povos indígenas, as comunidades quilombolas, a comunidade LGBTQIA+, os pobres, as donas de casa da periferia,  os jovens estudantes, os trabalhadores informais e assalariados e a ampla maioria dos servidores públicos vem sendo impiedosamente atacados em seus direitos mais fundamentais.

O governo Bolsonaro vem promovendo um genocídio com uma postura incompetente e negacionista na pandemia do novo coronavírus e vem sabotando até mesmo a compra de vacinas.

Com a chegada da CPI da Covid, senadores e senadoras começam a mostrar ao Brasil que não se tratava de negacionismo, mas de escusos negócios com propina na compra de vacinas.

Ao mesmo tempo, o governo, o centrão e os partidos aliados ao bolsonarismo vem passado a boiada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal com a aprovação de medidas que afetam diretamente o povo brasileiro.

O governo retira direitos dos trabalhadores, ataca suas entidades sindicais para enfraquecer as respostas dos trabalhadores aos desmandos governamentais, retira direitos de pensionistas, aposentados, e quase aprova a MP 1045 retirando dos jovens trabalhadores o direito a carteira assinada, férias, 13º salário e outros direitos importantes.

Na economia vem implantando um projeto neoliberal com redução do Estado, ampliação do desemprego e  do número de trabalhadores fazendo bico e esvaziando os investimentos públicos.

Bom lembrar ainda que nesse governo começa um processo de privatizações entregando empresas estatais lucrativas à preço de banana para especuladores e empresas estrangeiras, surrupiando a nossa soberania nacional.

Atualmente, 14,1 milhões estão desempregados, temos ainda 6 milhões de desalentados e mais de 35 milhões de trabalhadores na informalidade.  Voltamos ao mapa da fome com 19 milhões de pessoas vivendo na miséria absoluta.

Esse quadro de penúria, fome, desemprego e desesperança se soma à uma crise política instaurada pelo próprio presidente da República que não trabalha, não tem agenda política, econômica e  social que não seja dar um golpe para continuar sugando o povo e montando esquemas de corrupção, como as rachadinhas que vem sendo investigadas e promovidas pelos filhos do presidente.

Nesse ambiente desfavorável chegamos ao 27º Grito dos Excluídos que deve se somar aos demais movimentos sociais, populares e sindicais na luta por comida, saúde, participação popular, emprego, pelo fim das privatizações e da retirada de direitos e por trabalho.

Além do Fora Bolsonaro que se amplia e fica mais claro pois o governo não sinaliza nenhuma saída democrática para o Pais, tampouco alguma saída para o desemprego, a fome e a miséria que atinge a população.

Bolsonaro comanda um governo destruído, fraco, incompetente, com tendências reacionárias e totalitárias que não tem interesse nenhum em desenvolver um projeto para o Brasil.

O Grito dos Excluídos e Excluídas chega no momento em que o povo brasileiro está diante do dilema: ou se cala  e ver todos os seus direitos serem retirados ou se mobiliza para tirar o Brasil das mãos daqueles que estão destruindo nosso povo, nossas famílias, nossa cultura, nossas riquezas e nossas estatais e, ainda mais, a democracia.

Nesse 7 de Setembro o Grito do Excluídos e das Excluídas e os movimentos sociais, sindicais e populares devem deixar claro que não queremos o Brasil de Bolsonaro e do bolsonarismo.

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