• 4 de maio, 2024 12:15

Movimentos sociais e sindicais vão às ruas no 7 de setembro pelo Fora Bolsonaro e por comida, emprego e vacina

ByTarso Araújo

ago 27, 2021
Members of opposition parties and social movements participate in a protest against Brazilian President Jair Bolsonaro's handling of the Covid-19 pandemic in Sao Paulo, Brazil on June 19, 2021. - Far-right President Jair Bolsonaro has been facing criticism for his management of the pandemic, including initially refusing offers of vaccines, as epidemiologists warn Brazil may now be on the brink of a third wave of Covid-19. (Photo by Paulo Pinto / AFP)

A sociedade brasileira está vendo com o passar do governo Bolsonaro o aumento da inflação, do desemprego, o retorno do Brasil ao mapa da fome e a execução de uma política econômica que não leva em consideração o emprego, a ampliação da massa salarial, maiores investimentos em obras públicas e geração de emprego e distribuição de renda. Não há outra alternativa aos trabalhadores irem às ruas no 7/9 reivindicar emprego, comida, vacina e democracia.

Foto: Paulo Pinto / AFP

No 7 de setembro trabalhador vai às ruas e quer emprego, comida e vacina

Por Tarso Araújo

Editor do Portal Leia Sempre

No dia 7 de setembro os brasileiros e brasileiras que vivem na pele os desmandos, descaso e a nefasta política econômica da era Bolsonaro tem uma responsabilidade e um dever com o conjunto da sociedade: ir às ruas pedir comida, emprego, salário, vacinação em massa da população contra a Covid-19, fim dos projetos que retiram direitos do povo, fim da reforma administrativa que sucateia o Estado brasileiro e mais democracia com o Fora Bolsonaro.

A demora das lideranças de esquerda e dos movimentos sociais e populares em fazer uma convocação dos trabalhadores, dos movimentos sindicais, sociais, populares e comunitários, do movimento estudantil e de mulheres, enfim, chamando o povo para em protestos pacíficos exigirem a mudanças que o povo brasileiro precisa vem prejudicando  e até mesmo impedindo amplas mobilizações no 7 de setembro.

A situação do povo brasileiro atual não precisa ser lembrada e nenhuma liderança seja de esquerda ou progressista, que o povo brasileiro vem sendo atacado constantemente nos últimos anos, foram mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mudanças na aposentadoria prejudicando milhões de pessoas, retiradas de direitos e fim de uma série de programas sociais.

Outro ponto a se lembrar é a política de congelamento de verbas públicas para investimentos,  o congelamento e destruição de uma rede de proteção social  que foi construída o longo dos governos progressistas e que vivaram pó nos governos Michel Temer e Bolsonaro.

Se essa situação de extinção de garantias sociais e políticas públicas não forem suficientes para  uma ampla mobilização da sociedade brasileira, então, não sabemos mais quais podem ser esses motivos.

A mobilização do 7 de setembro deveria ser exemplar para mostrar à elite, e ao bolsonarismo que está na hora de parar as bravatas e termos uma política efetiva de atendimento dos direitos mais amplos da população pobre, maioria esmagadora dos brasileiros.

Negar essas mobilizações é fazer vistas grossas aos desmandos até agora feitos por um governo de extrema-direita que retira direitos e ataca o povo brasileiro.

Quem tem medo de golpe?

Nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro externou que dia 7 de setembro tem golpe. Na prática, Bolsonaro arma o golpe desde quando assumiu a presidência da República, mas carece de apoio político e institucional. Formou um governo sem competência e de uma maioria de extremistas que não sabe lidar com as demandas gerais da sociedade.

Arma um golpe que não vai acontecer e isso pode se evidenciar no 7/9. Se o povo brasileiro der uma resposta à altura não restará mais nada a Bolsonaro do que ir ás urnas em 2022 e ser fragorosamente derrotado.

Um presidente impopular, com um governo impopular e uma minoria de neofascistas que o apoiam não garante governabilidade a ninguém. Nem negociando alto com o centrão.

Não vai haver golpe, o Exército sabe disso, as instituições democráticas sabem disso e Bolsonaro finge que não sabe, mas lá no fundo sabe que seu golpe será um fracasso. Resta ao presidente negacionista e genocida negociar um fim em que não veja ele próprio e seus filhos presos por tantos crimes cometidos. O Brasil não para por causa do bolsonarismo e de Bolsonaro.

foto: Sergio Lima / AFP

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