O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, segue ativo na política, dedicando-se a fortalecer o Partido Liberal (PL) nas eleições municipais, apesar de estar legalmente impedido de se comunicar com figuras centrais do partido, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Ambos são investigados em um caso que apura uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Braga Netto, que também foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro na última eleição, lidera a Secretaria Nacional de Relações Institucionais do PL, mesmo após o partido ter suspendido seu salário.
O general, conforme reportagem do Globo, participou de eventos em Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de manter encontros com correligionários em Brasília.
Declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico durante as comemorações do Bicentenário da Independência em 2022, Braga Netto teve seu nome cogitado para concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro.
No entanto, a candidatura de Alexandre Ramagem pelo PL parece mais provável.
Recentemente, Braga Netto esteve em Governador Valadares, Minas Gerais, onde participou de um evento que incluiu importantes filiações ao PL.
Apesar das restrições, ele continua a apoiar ativamente a campanha do partido, preparando-se para futuros compromissos em Barbacena (MG) e em cidades do interior de São Paulo.
Em João Pessoa, Paraíba, Braga Netto apoiou a pré-candidatura do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à prefeitura local, sublinhando a estratégia do PL de usar figuras proeminentes para fortalecer suas campanhas municipais.