Betinho, um imprescindível que o tempo não vai levar
Por Flavio Wittlin*, especial para o Viomundo
Um dia marcante na paisagem carioca e do Brasil.
Em 21 de março, na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, foi instalado o magnífico busto de Herbert de Souza, o Betinho, um lutador inigualável do povo brasileiro.
Presentes autoridades – o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e deputados – representantes de movimentos sociais, ONGs, “artivistas” (como autodefiniu-se Julio Andrade, que encarna o Betinho na série no Fio da Navalha, no Globoplay), além dos Comitês da Ação da Cidadania.
Entrevistado por este repórter improvisado, Daniel de Souza, filho do Betinho, que hoje preside o Conselho da Ação da Cidadania, afirmou que a inauguração do busto transcendia a homenagem ao pai ao fazer “referência ao valor da solidariedade”.
Com relação ao flagelo da fome, Daniel responsabilizou a dupla Temer-Bolsonaro pelo “desmonte das políticas públicas”, indicando que o “estrago foi muito grande, tendo que recuperar agora anos do programa Bolsa Família, referência no mundo de combate à fome”.
João Paulo Garcia, diretor operacional do Afro Reggae, disse faltar “palavras para mencionar a grandeza do Betinho”.
Ele declarou que o Afro Reggae “no combate à fome, tem um parceiro maior que é a Ação da Cidadania”.
Marcando presença no festivo tributo ao Betinho estava a “artivista” e ex-deputada federal, Bete Mendes.
Ela denunciou que a fome “é gravíssimo problema”, relembrando o lema por ele perpetuado: “Quem tem fome tem pressa”.
O emocionante ato contou também com a participação da incansável ativista Glorinha, irmã de Betinho, Henfil e Chico, expoentes indelevelmente postos no altar da história.
*Flavio Wittlin é médico, mestre em saúde pública e educomunicador em saúde.