• 9 de maio, 2024 00:53

Ataques às eleições, fake news na pandemia, ofensas a ministros: Relembre polêmicas envolvendo o deputado Gustavo Gayer que afirmou que africanos têm baixo QI

ByTarso Araújo

mar 20, 2024

O deputado federal Guystavo Gayer diz que tem nojo da Rede Globo. Abaixo segue matéria do site G1 (da Rede Globo) denunciando vários momentos “clássicos” da atuação  desse parlamnetar que fala muito em liberdade e demcoracia mas tem comportamento nada republicnao.  Vai dver daí vem seu “nojo” da Globo. Vai  entender. 

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar depoimento do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) sobre declarações discriminatórias do parlamentar contra africanos. O depoimento é considerado importante para avaliar uma possível abertura de inquérito contra Gayer. Essa não é a primeira fala ou ação do parlamentar que gera críticas, aberturas de inquéritos ou desencadeia mensagens de ódio, o g1 reuniu outras polêmicas envolvendo o deputado (leia abaixo).

As declarações do deputado foram feitas durante uma entrevista a um podcast, em 23 de junho. Na ocasião, Gayer e o apresentador associaram africanos a baixo quociente de inteligência (QI) e afirmaram que eles não têm “capacidade cognitiva” para viver em um regime democrático. Os trechos viralizaram na internet.

g1 entrou em contato com Gustavo Gayer, por mensagem enviada às 14h55 de domingo (24), para pedir um posicionamento e aguarda retorno desde a última atualização desta reportagem.

Gayer já esteve envolvido em polêmicas relacionadas aos ataques às urnas eletrônicas, fake news sobre a pandemia de Covid-19, além de ofensas a ministros do STF, outros parlamentares ou pessoas com opiniões políticas diferentes. – Relembre todo os casos.

Relembre polêmicas de Gustavo Gayer

Fake news na pandemia

Em outubro de 2022, a Justiça de Goiás ordenou que Gustavo Gayer publicasse um vídeo de retratação por fake news. Isso porque, em março do ano anterior, o deputado publicou seis vídeos com informações falsas sobre as medidas tomadas pela Prefeitura de Goiânia diante da pandemia da Covid-19.

Das declarações apontadas nos vídeos, o juiz concedeu direito de resposta à Prefeitura, e necessidade de retratação por parte de Gayer, a quatro delas. Veja quais:

  • “Prefeito de Goiânia desativou 26% dos leitos para COVID”: Segundo o juiz, a redução dos leitos realmente existiu, mas “foi na administração anterior a do atual prefeito”;
  • “A incompetência desse prefeito colapsou o sistema de saúde”: O magistrado ressalta que o colapso ocorreu devido ao grande número de casos da Covid e a falta de estrutura do município, que não estava preparado para tão grande demanda.
  • “A Prefeitura usou a verba do Governo Federal para gastar em outras coisas como quitar folha de pagamento e fazer propaganda”: Segundo a Justiça, não há provas que Rogério Cruz tenha verba federal para os fins citados por Gayer.
  • Gayer ainda precisou desmentir a declaração em que afirmou que o prefeito Rogério Cruz falou que “agora não adianta fazer leitos porque 50% morre mesmo”.

A reportagem procurou o deputado na época, mas ele não se posicionou a respeito.

Também em outubro de 2022, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu Gayer de utilizar qualquer comércio ou indústria, dentro do horário de expediente, para promover propagandas e atividades político-partidárias, em Goiânia. O objetivo era evitar o “assédio eleitoral” dos empregados de qualquer comércio.

A determinação aconteceu após o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizar uma ação civil pública contra o deputado e a Della Panificadora. O estabelecimento havia cedido seu espaço para o parlamentar fazer reuniões políticas, além de obrigar os funcionários a participarem.

Segundo o MPT, o deputado fazia reuniões com “propaganda eleitoral ilegal” dentro de várias empresas, visando apoiar a releição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na época, José Roberto, que é proprietário da Della Panificadora, disse ao g1 que fez apenas uma reunião envolvendo política em seu comércio. Afirmou que “convidou” os funcionários, mas não os obrigou a participar. “Se está proibido, não vamos fazer”, finalizou dizendo, após a decisão do TRT.

A reportagem também procurou o deputado na época, mas ele não se posicionou a respeito.

Fake news contra urnas

Em novembro de 2022, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, determinou que Gayer e outros deputados tivessem seus perfis nas redes sociais desativados. Todos eles haviam compartilhado vídeo de um “consultor” argentino, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro, que divulgava dados falsos sobre as urnas eletrônicas.

Na época, Moraes ainda fixou multa de R$ 20 mil se os parlamentares divulgassem desinformação sobre o processo eleitoral e ataques à democracia.

No mês seguinte, as contas foram reativadas, com a condição de que as postagens que promoviam desinformação continuassem apagadas.

Fake news resultado eleições

Em dezembro, o corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu apurações sobre a conduta de Bolsonaro, Gayer e outros aliados do ex-presidente, que lançaram dúvidas sobre o resultado das eleições.

A investigação se referia a condutas antes, durante e depois do processo eleitoral para emitir aos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema e, por consequência, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito.

Ataques ao STF

Em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou que a Polícia Federal tomasse o depoimento de Gayer e fizesse uma perícia em postagens em redes sociais do parlamentar com ofensas a senadores e acusações contra ministros do STF.

Em vídeos, Gayer afirmou que “senadores foram ameaçados por ministros da Suprema Corte”, e que “outros senadores foram comprados”. Também disse que os ministros do STF “vão continuar perseguindo pessoas politicamente”. E “vão continuar deturpando o que é liberdade de expressão”.

Para Moraes, a análise preliminar do material apontava para a divulgação de informações falsas e a atribuição de prática de crimes aos ministros.

Onda de ódio

Gustavo Gayer também se envolveu em polêmicas com outros parlamentares e pessoas com opiniões políticas diferentes das dele. Assim como em todos os outros casos, o deputado usou as redes sociais para criticar situações que discordava e, a partir disso, desencadeou uma onda de ódio com a ajuda de seus seguidores.

Em maio deste ano, por exemplo, Gayer fez um post criticando uma professora por usar uma camiseta com uma frase que faz alusão à obra ‘Seja marginal, Seja herói’, de Hélio Oiticica (1937-1980), um dos mais importantes artistas brasileiros a partir de 1950.

Após marcar o nome do colégio em que a professora trabalhava, o caso repercutiu entre apoiadores e seguidores do parlamentar, que também passaram a pressionar a escola por meio das redes sociais. Com isso, a professora acabou demitida.

“Minhas camisetas de obras de arte são feitas por um amigo e na foto eu literalmente só marquei a loja [para divulgação]. A obra é vermelha, por isso a camiseta é vermelha. Não há associação política alguma”, explicou a professora ao g1, na época.

No mesmo mês, Gayer criticou o livro “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, afirmando que o romance tem “absurdos pornográficos”. A situação novamente repercutiu e resultou na remoção da obra do vestibular da Universidade de Rio Verde (UniRV).

Na época, o escritor Marçal Aquino afirmou ao g1 que foi censurado. “Eu sou um autor de um livro de quase 20 anos no mercado, que está em sua 23ª edição, foi traduzido para oito idiomas, deu origem a dois curtas-metragens, ganhou prêmios, e vem um cara que não tem nenhum preparo, não deve nem ter lido o livro, e a universidade aceita e dá abrigo a esse tipo de obscenidade, isso sim me parece pornográfico”, disse o autor.

Uma de suas polêmicas mais recentes foi com a deputada federal por Goiás Silvye Alves (UB). Em junho deste ano, Gayer publicou uma montagem com nomes e fotos de todos os deputados goianos que votaram a favor da Medida Provisória (MP) dos ministérios, acompanhada da frase: “esses deputados de Goiás se renderam ao PT e votaram com Lula”.

Em resposta, Silvye escreveu que Gayer “vive de falácia para engajar suas redes”. A deputada ainda afirmou que Gayer “deveria parar de ataques e fazer algo pelo povo do seu estado”.

Mas assim como em outros casos, a publicação feita por Gayer desencadeou uma série de comentários raivosos de seus seguidores, que passaram a ameaçar Silvye. A deputada divulgou prints que mostram ameaças que ela recebeu. Em uma das mensagens, uma pessoa chega a dizer que a parlamentar “merecia morrer”.

Na época, o g1 procurou Gayer mas ele não quis se posicionar.

Fonte: site G1

 Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Fake news resultado eleições

 

Em dezembro, o corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu apurações sobre a conduta de Bolsonaro, Gayer e outros aliados do ex-presidente, que lançaram dúvidas sobre o resultado das eleições.

A investigação se referia a condutas antes, durante e depois do processo eleitoral para emitir aos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema e, por consequência, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito.

Ataques ao STF

 

Em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou que a Polícia Federal tomasse o depoimento de Gayer e fizesse uma perícia em postagens em redes sociais do parlamentar com ofensas a senadores e acusações contra ministros do STF.

Em vídeos, Gayer afirmou que “senadores foram ameaçados por ministros da Suprema Corte”, e que “outros senadores foram comprados”. Também disse que os ministros do STF “vão continuar perseguindo pessoas politicamente”. E “vão continuar deturpando o que é liberdade de expressão”.

Para Moraes, a análise preliminar do material apontava para a divulgação de informações falsas e a atribuição de prática de crimes aos ministros.

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