• 12 de maio, 2024 14:03

Bolsonaro não pode mudar a política de preços da Petrobrás

ByDudu Correia

mar 18, 2022

 

Bolsonaro não pode mudar a política de preços da Petrobrás

O presidente Jair Bolsonaro após perder controle da economia brasileira, com os sinais de descontrole da inflação e aumento nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, resolveu se vitimizar e dizer que quer diminuição nos preços praticados pela Petrobrás.

Na realidade, Bolsonaro é quem nomeou todo o conselho da empresa e o presidente Silva e Luna, um general que faz o que o presidente manda e os acionistas da Petrobrás adoram, dividir lucros com eles.

O problema de Bolsonaro não é o general, tampouco, o fato de que há um boicote contra ele. É aquela tática de que eu tentei resolver, mas fui impedido.

Nada disso é verdade.

Bolsonaro sabe que foi eleito presidente com uma série de compromissos com a elite brasileira que o elegeu, apoiou a candidatura, patrocinou o Gabinete do Ódio, dentre outras iniciativas boas para Bolsonaro, como combinar com Moro e prender Lula.

Mais ainda, Bolsonaro acertou com o mercado financeiro que iria manter as políticas iniciadas com Michel Temer. Aliás, o próprio Temer confirmou que o governo Bolsonaro é continuação de seu governo.

Pois bem, Bolsonaro acertou com o mercado e colocou Paulo Guedes para comandar um verdadeiro desmonte do estado brasileiro aplicando uma política neoliberal que foi aplicada em outros países como Inglaterra e Chile e destruiu a economia e o poder de compra e o nível de vida das populações desses países.

Na Inglaterra, a aplicação do neoliberalismo por Margareth Thatcher levou o país a uma crise que ainda não se recuperou.

Além disso, na Inglaterra pós-Margareth Thatcher o povo viveu sob escombros da destruição do estado de bem estar social se tornando o que é hoje, um país auxiliar do império norte-americano.

Nem é mais a sombra do que já foi um dia.

O Chile foi no mesmo caminho. Aplicou o neoliberalismo e destruiu nível de vida dos chilenos. Hoje, o país tenta se recuperar mudando completamente e enterrando a Constituição da era de Augusto Pinochet.

O Brasil de Bolsonaro e Guedes quer e já aplica a mesma política que elevou o desemprego, uberizou e terceirou a mão de obra, voltou o Brasil ao mapa da fome e temos 116 milhões de brasileiros na situação de insegurança alimentar.

A política econômica de Bolsonaro eleva preços dos combustíveis, a inflação chega a dois dígitos e os preços dos alimentos estão aumentando toda semana elevando as despesas com alimentos, inflacionando ainda mais a vida dos trabalhadores e sacrificando as famílias.

Não adianta Bolsonaro fingir que é contra os reajustes dos combustíveis. Se ele quiser mudar, é só demitir o presidente da Petrobrás e estabelecer uma nova política. Mas ele não pode fazer isso pois empenhou seu compromisso com os grandes empresários que o elegeram e bancaram sua chegada na presidência e que aplicaria esse receituário da fome e desemprego.

Não tem mais como mudar. Vai ter que vencer Lula nas urnas em meio a uma gigantesca crise econômica, social e política.

Bolsonaro não pode mudar a política de preços da Petrobrás exatamente por que se comprometeu com a elite, banqueiros, rentistas e os megaempresários que o elegeram que essa será a política a ser implantado no Brasil. Bolsonaro topou o acordo, e está fazendo como combinado. Por isso, que todos os grandes grupos econômicos do Brasil apoiam sua reeleição e já nem pensam mais na terceira via.

Foto: Shutterstock

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