Flávio Queiroz
Professor universitário
O começo do século XX é marcado pelas revoluções sociais e pela 1a Guerra Mundial. As estruturas tradicionais da sociedade são abaladas.
Já a Arte engaja-se nesses movimentos , passando a ter um sentido mais social – A Arte deveria incorporar a vida moderna – já diziam os futuristas.
No Brasil, manifestações modernistas já haviam aparecido em obras de alguns escritores ( em 1917 ) : Manuel Bandeira ( Cinzas das Horas ), Mário de Andrade ( Há uma gota de sangue em cada poema ), Menotti del Picchia ( Juca Mulato ), prá ficar só nos “literatos”….Até se reconhecem os membros e as atitudes da Padaria Espiritual ( 1892 ! ), no Ceará , como antecipadores do espírito modernista, vinte anos, antes de 22.
A Grande Revolução Modernista, no entanto, começa com a SEMANA DE ARTE MODERNA, em São Paulo, e apresentação das obras de vários artistas brasileiros;
# Escritores – Mário e Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e Ronald de Carvalho.
# Mùsicos – Guiomar Novaes e Heitor Villa Lobos.
# Pintores – Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, e Di Cavalcanti,
# Escultor(es) – Victor Brecheret.
# Apoiadores – Graça Aranha e Manuel Bandeira ( este não foi a São Paulo! ).
Há exatamente 100 ANOS ( 13.02.22 ), A SEMANA DE ARTE MODERNA gerou muitos protestos e críticas, mas era exatamente esse o objetivo dos primeiros modernistas: chamar a atenção para as renovações ideológicas e< principalmente, estéticas da ‘nova escola “, em especial de Literatura.
Após a SEMANA DE ARTE MODERNA, o movimento desenvolveu-se em vários manifestos , revistas e fases…
Mas, isso são “cenas de outros capítulos”.
Ah! “Abaixo todo o lirismo que não é libertação” !!!
FLÁVIO QUEIROZ É PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE LINGUAS E LITERATURAS\ URCA E COLABORADOR DESTE JORNAL. E-mail: @escreverdeverdade )