• 13 de maio, 2024 20:59

Gabinete do ódio existe e tem dedo de gente poderosa em Brasília

ByDudu Correia

fev 25, 2022

Na edilção n° 100 do jornal Leia Sempre  trazemos com destaque o debate sobre as mentiras como propaganda política ditas nas redes sociais, ou as chamdas fake news. Um debate importante a ser travado em ano eleitoral após o que o Brail passou no ano de 2018, com um processo eleitoral eivado de vícios com o soterramento da parte importante da democracia brasileira e a onda de fake news bolsonarista.

Abaixo texto de Marcos Leonel sobre o tema:

O Gabinete do Ódio desmascarado

 A Polícia Federal entrega a parada. O Gabinete do Ódio existe, tem endereço e tem dono. Não se sabe qual faceta da Polícia Federal fez isso. O que se sabe é que existe uma delegada linha dura: Denisse Dias Rosas Ribeiro, que investigou todas as facetas da gangue como manda o figurino. A casa caiu, mas se mantém de pé, pois não se sabe qual é a faceta do poder judiciário que atua em todas as coisas que a população brasileira não sabe direito ou esquerdo. As investigações confirmam que o general Augusto Heleno, chefe ou ministro do Gabinete de Segurança Institucional, sabia de tudo desde o princípio. Sem investigação oficial da Polícia Federal, o mundo sabia desde o princípio, que o Gabinete do Ódio existe e que ele está assentado ao lado da extrema direita de Bolsonaro, negativo e operante, na cara de todo mundo, sendo que só alguns fingem que não são facetas e fazem de conta que o delírio é coletivo.

Os jornalistas Germano Oliveira, Márcio Allemand e Eudes Lima, sabem de tudo e assinam uma brilhante reportagem de capa da revista IstoÉ, publicada no dia 18 de fevereiro, a partir do relatório oficial da Polícia Federal. Bem antes da investigação, a deputada Joice Hasselmann (PSDB) já havia entregado tudo na CPMI das Fake News, denunciando todo o mecanismo de funcionamento da galera do mal. Na época ela era bolsonarista arrependida e esteve entre eles e sabia de tudo. Ela foi líder do governo, quando ainda era do PSL, então partido de Bolsonaro, foi traída pelo mandatário e entregou tudo. Disse nomes, valores, endereços, operadores e a quantidade de robôs, na casa dos para além de milhões. O deputado Alexandre Frota, que também era do PSL, também bolsonarista arrependido e traído, também do PSDB atualmente, também já fez gravíssimas denúncias sobre o Gabinete do Ódio, também na CPMI das Fake News, e também apontou nomes, endereços, valores, operadores e métodos. A CPMI das Fake News foi interrompida pela CPI do Genocídio. Todo mundo sabe que nenhuma das duas deu em absolutamente nada. Sabe-se ao certo por quais facetas elas não deram em nada.

Quando o general Augusto Heleno foi depor na PF, ele não imaginava que a delegada Denisse Dias já sabia de muitas coisas, inclusive que ele é membro ativo do Gabinete do Ódio. Ele não sabia que Sara Winter, bolsonarista arrependida tinha entregado tudo: todas as orientações dadas pelo general para o Gabinete do Ódio atacar os ministros e o Supremo Tribunal Federal, durante os episódios sebosos de tentativa de golpe militar no 7 de setembro mais famoso da atualidade. Que os generais de pijama, fora dos seus quadradinhos unilaterais, participaram ativamente da palhaçada contra a pátria, quase todo mundo já sabia. O que não se sabe ao certo é se Sara Winter está negociando seu ingresso no PSDB. Mas quase todo mundo sabe que o PSDB é uma das origens de toda essa fuzarca de transgressão golpista, o desequilíbrio moral de Aécio Neves quando foi derrotado por Dilma Rousseff, prometendo que ela não governaria, não deixa dúvidas. Por meio de suas manobras alopradas o PSDB, hoje, luta contra o destino de se tornar um partido que aluga a sua legenda, um partido que embarcou em apoio direto ao bolsonarismo e faz de conta que ninguém sabe disso. Mas Doria, Eduardo Leite e Aécio, e outras partículas menores, sabem disso.

No calor dos últimos ataques, extremamente recentes nos dias que correm nos finalmentes de fevereiro, o ano eleitoral, os ministros Barroso, Fachin e Moraes, se postam como verdadeiros combatentes das trapaças eleitoreiras. Impossibilitados de flagrarem o uso das emendas do orçamento secreto e das disponibilidades de abonos e linhas de crédito repentinas de cunho eleitoreiro, como Auxílio Brasil e aumentos salariais de escolhidos por cartuchos, eles prometem caçar chapas bandidas, que todos sabem a quem eles se referem. No entanto, o mesmo TSE que hoje orbita esses três nomes, julgou a chapa Bolsonaro-Mourão e reconheceu que a chapa cometeu abusos e praticou ilegalidades diversas em sua campanha eleitoral, ou seja, confirmou os crimes que todo mundo já sabia. Mas inocentou todos. O placar foi de 6×1, a favor do bolsonarismo nazista. A curiosidade, que todo mundo já sabia que aconteceria, é que na mesma sessão o TSE resolve: “o uso de aplicações digitais de mensagens instantâneas visando promover disparos em massa contendo desinformação e inverdades em prejuízo de adversários e em benefício de candidato pode configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, nos termos do artigo 22 da LC 64/1990 [Lei de Inelegibilidade], a depender da efetiva gravidade da conduta, que será examinada em cada caso concreto”.

O relatório da delegada Denisse Dias define a estrutura operacional do Gabinete do Ódio, colocando todas as peças em seus devidos lugares. Carlos Bolsonaro, o único vereador federal da história política brasileira é o cérebro do GO, controla todas as ações e todas as senhas. Bolsonaro é o mandante de todas as operações, sendo a eminência parda que todo mundo sabe. Eduardo Bolsonaro é o negociador com os Think Tanks americanos e outros nazistas espalhados pelo mundo, é quem abastece o GO de notícias falsas e outras barbaridades negacionistas. O feitor é Allan dos Santos, é aquele que dá corpo às operações, fugitivo da polícia, todo mundo sabe onde ele está, menos uma faceta da Polícia Federal, que ninguém sabe ao certo qual é. Outros nomes aparecem na estrutura funcional, como também os principais financiadores. Com a quebra do sigilo das investigações, agora qualquer um pode saber de tudo sobre tudo do Gabinete do Ódio. Só não se sabe ao certo a quem interessa saber disso. E mais ainda, qual faceta da justiça fará alguma coisa.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *