• 19 de maio, 2024 22:11

Petrópolis precisa do apoio da sociedade brasileira

ByDudu Correia

fev 18, 2022

Petrópolis precisa do apoio da sociedade brasileira

As chuvas que caíram na cidade imperial, Petrópolis, no Rio de Janeiro foram as maiores dos últimos 90 anos. Apenas em 1932 se registraram chuvas tão intensas em um período de 24 horas. O resultado é que mais de 80 pessoas já faleceram e a cidade está devastada precisando agora do apoio da sociedade brasileira.

A tragédia de Petrópolis e a sociedade brasileira

As chuvas que caíram na cidade de Petrópolis nos últimos dias, e, mais notadamente na noite e madrugada que antecedeu às maiores chuvas que já caíram em 24 horas na cidade em 90 anos estabeleceu uma verdadeira tragédia ambiental e humanitária vivida pelo povo desta bonita e imponente cidade fluminense. Mais de 100 pessoas já morreram e outras estão desaparecidas.

Do ponto de vista do clima institutos que monitoram chuvas e estações climáticas no Brasil informaram que apenas neste mês de fevereiro a cidade registrou 565,2 mm de chuvas e em algumas estações e pontos da cidade ultrapassou 700 mm.

Segundo o Climatempo a quantidade de chuva que caiu sobre Petrópolis, em apenas 4 horas foi considerada mais alta do que a média de chuva para todo o mês de fevereiro. Neste período, entre 14h45 e 18h45, o INEA registrou 221,4 mm na estação Alto da Serra/Palatinado. O Cemaden registrou 210,0 mm em 3 horas, entre 16h20 e 19h20, na estação São Sebastião/GEO.

O quadro relatado por moradores não tem sido dos melhores. Após o impacto das chuvas torrenciais muitos moradores de Petrópolis falaram à imprensa que viram uma verdadeira praça de guerra com lama, corpos no meio da rua, inundações, enxurradas, deslizamentos, desabamentos, veículos destruídos, vidas perdidas, enfim, uma cidade destruída.

Nas redes sociais vídeos mostraram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos. Na região do Morro da Oficina, onde ocorreram desmoronamentos, crianças foram retiradas sujas de lama de uma escola, parcialmente destruída.

Corpos foram retirados do meio da lama, casas foram destruídas e escolas também. Bombeiros, policiais militares e Defesa Civil entraram já em ação, mas o cenário é muito difícil.

Os bairros mais atingidos foram o Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta e Chácara Flora.

Diante desse quadro é preciso que a sociedade brasileira entre em campo e seja solidária com os moradores de Petrópolis.

Sabemos que tudo o que for feito a partir de agora será pouco diante do quadro e das dificuldades que serão enfrentadas por milhares de moradores e que essas dificuldades apenas se ampliarão com o andamento das providências que serão tomadas.

O Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Petrópolis já entraram em ação. O próprio governador Cláudio Castro foi à cidade e ao lado do prefeito Rubens Bomtempo iniciaram algumas ações, mas sabemos que isso é muito pouco.

Lembrando que essa não foi a primeira vez que a cidade foi atingida por chuvas tão fortes e no ano de 2011, por exemplo, uma outra enchente atingiu a região matando centenas de pessoas.

 Neste ano de 2022 já tivemos fortes chuvas castigando as regiões Norte, Nordeste e Sudeste, com mais de 108 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. O número de brasileiros que perderam suas moradias na Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, Maranhão e Piauí chegou a mais de 100 mil pessoas. As previsões dos institutos apontavam no início deste ano aumento das chuvas e que essas chuvas iriam atingir Minas Gerais e a região serrana do Rio de Janeiro, o que aconteceu.

O Nordeste já viveu várias enchentes e neste ano tivemos fortes enchentes na Bahia com milhares de pessoas desabrigadas, mortes e inundações em várias cidades.

É preciso agora a solidariedade do povo brasileiro. Sabemos que inundações, secas, desastres naturais e outros desastres causados por problemas ambientais, negligências e descaso do poder público são constantes.

De acordo com o jornal Tribuna de Petrópolis desde o início das enchentes e as imagens dessa situação da cidade e de seus moradores aparecendo em vídeos e redes sociais se formou uma verdadeira rede de solidariedade à Petrópolis e seu povo.

“Nas redes sociais, usuários começaram a se mobilizar para arrecadar doações. Instituições como o Centro de Defesa dos Direitos Humanos – CDDH e até mesmo os quatro grandes clubes de futebol do Estado (Fluminense, Botafogo, Vasco e Flamengo) abriram pontos em seus estádios e sedes, para a arrecadação de doações como materiais de limpeza, higiene pessoal, além de roupas e cobertores”, noticou a ToP que lembrou ainda que  instituições religiosas como paróquias da igreja católica e de outras denominações estão recebendo doações. Nas ruas, a centenas de voluntários levaram água e algum conforto não apenas para as famílias desabrigadas, mas para as pessoas que ainda estão nas áreas mais devastadas em buscas dos familiares desaparecidos.

A presidência do Regional Leste 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) manifestou solidariedade com todo o povo petropolitano e pediu que a igreja se unisse em orações, mas que também formasse uma grande corrente de solidariedade enviando doações à Diocese de Petrópolis.

Os frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (frades franciscanos) expressaram solidariedade com o povo de Petrópolis e ao mesmo tempo se somaram aos esforços em favor de uma rede de solidariedade montada nesta situação de emergência. A ordem  disponibilizou a Igreja do Sagrado Coração Jesus, à Rua Montecaseros, 95, como ponto de coleta de donativos para as vítimas.

Ao mesmo tempo, a Prefeitura de Niterói iniciou uma campanha de arrecadação de donativos para as vítimas das chuvas em Petrópolis. A cidade tem três pontos de recebimento: Clube Central (Icaraí), Caminho Niemeyer (Centro) e Shopping Itaipu Multicenter (Região Oceânica). As equipes da Prefeitura estão responsáveis pela coleta, armazenamento e o transporte das doações até Petrópolis.

A solidariedade é importante, mas é importante também a reflexão de que essas tragédias precisam ser evitadas com política de proteção ao meio ambiente. E, mais ainda, com a conscientização de que é papel do Estado monitorar e tentar impedir que populações e famílias fiquem nessa situação.

Lógico que as tragédias existem e nem sempre se pode prever, mas é preciso trabalhar para evitar que elas aconteçam com a frequência que vem acontecendo no Brasil.

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Fontes para esta matéria: Site Rede Brasil Atual, Site Brasil de Fato, Jornal Tribuna de Petrópolis, site da CNBB, site do Convento da Penha, Jornal O Povo, site Wikipédia, Agência Brasil, Folha de Pernambuco e site Brasil 247.

Foto: Carl de Souza/AFP

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