• 19 de maio, 2024 20:18

Mesmo diante disso tudo. Por Emerson Monteiro

ByDudu Correia

fev 18, 2022

Mesmo diante disso tudo

Emerson Monteiro

Advogado e escritor

Nesse panorama geral visto das várias frentes, nessa parafernália que existe debaixo dos céus de quadros por vezes dantescos, povos que padecem, incertezas das bolsas de valores, trânsitos agoniados, expectativas e previsões, catastróficas, desencantos, injustiça social, má distribuição de renda, uso nefasto dos recursos naturais, personalismos e estruturas perversas, temos que tocar o barco da história e vencer as barreiras dos tempos, quaisquer que sejam. Por dever do ofício de viver, assim tem sido desde quando, ninguém ainda saber. Sofrer e amar, eis as leis da existência perante os mistérios do Cosmos onde vivemos. Isto de acordo com o bom senso e a coragem das eras, conquanto impere o instinto de conservação e as determinações vindas de onde queremos conhecer lá certo dia que virá.

Face ao quadro que se descreve, tem também a participação dos que são as peças determinantes, as populações esclarecidas. Perante o progresso da Civilização, veio o desenvolvimento do senso político da espécie humana, que agora dispõe do conhecimento suficiente de escolher as melhores peças de compor seu próprio futuro. São muitos os instrumentos que permitem melhorar os dias atuais e próximos. Isso desde a seleção necessária dos líderes que recebem o encargo de comandar a horda até a vigilância com relação ao desempenho das tais autoridades delegadas pelo povo a fim de movimentar o poder.

Perante este momento, mais que importante o dever das sociedades na definição daquilo que pretendam ao futuro, ocasião por demais urgente no mundo inteiro. Sei que os tempos sofrem mutações, que as modas de hoje não foram de antes e muito menos serão as de depois. Porém há que haver líderes que assim mereçam a responsabilidade dessa determinação outorgada pelo coletivo; que sejam menos seus do que dos demais que deles carecem no decorrer de todo tempo. Desse jeito, nas crises da Humanidade, vieram e dominaram os monstros das guerras e as administrações equivocadas, transformando aquilo que aparentemente seria pesadelo em sonho e alternativas de salvação. Quem quer que investigue os turnos da História verá pessoas dotadas de profundo senso chegar ao exato instante de conduzir os povos e levá-los a superar extremas penúrias e vencer tragédias e desencantos.

Lembremos, desde a Antiguidade, os tempos bíblicos, quando nomes excepcionais marcaram os rumos de grandes populações, desde Abraão, Moisés, Salomão, Jesus, dentre outros, a citar apenas o povo judeu. Entrementes noutros lugares também vultos memoráveis se deram ao exercício da liderança esclarecida e venceram aparentes hecatombes humanas. Rama. Sidarta. César. Carlos Magno. Alexandre. Abraham Lincoln. Gandhi. Churchill. De Gaulle. Patrício Lumumba. Nelson Mandela. Olof Palmer. Dente os grandes nomes da História. Nisso existe verdadeira veneração pelas epopeias dos que venceram o desespero e indicaram saídas venturosas, mesmo a duras penas. Grandes batalhas venceram. Guerras ultrapassaram e mostraram a importância da firmeza de comando a fim de cruzar extremos de brutalidade e injustiça, à beira dos extermínios quiçá vividos pela espécie humana.

Agora, nesta hora de graves situações em nível de desumanidade e desafio face ao que resta de passados próximos e distantes, imaginar fase que alumie as trevas e leve ao bom termo costumes e dores atrozes, transformando-os em moeda de troca de esperança e fé. A evolução reclama personalidades acima da média, que nos tragam conquistas, e o que se observa numa rápida constatação que verdadeiros estadistas diminuíram a quase nada nos dias de agora. Vive-se crise de valores que reflete a necessidade da renovação de um sentido pleno dos progressos sociais, que superem todo sofrimento já experimentado pelos habitantes deste Chão de tantas transformações malfadadas.

Quanto a tudo isso, todavia, aguardamos o mínimo da sabedoria que possa nortear o jogo político, atitudes inteligentes que superem o mero instinto partidário, ideológico, tendencioso; e que permita sobremodo a habilidade inevitável de tocar adiante os segredos da ação política ideal. Que seja não apenas gritar mais alto e usufruir dos meios de comunicação da atualidade em proveito particular, contorcendo verdades e escondendo realidades, mas usar dos pendores das lideranças incontestes que há de sempre prevalecer no andamento de grandes decisões e respostas aos desafios desta hora. Nunca tivemos, por isso, tantos pensadores esclarecidos a indicar o caminho da Liberdade e da Paz, frutos da plena realização civilizatória que nasça da evolução e do esclarecimento verdadeiro. Resta trazemos ao campo da visão social o exercício desse patrimônio de todos nós.

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