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A federação dos partidos e a frente ampla vai acontecer ou o PSB vai mesmo rachar e votar em várias candidaturas?

ByDudu Correia

fev 18, 2022

COLUNA PANORAMA POLÍTICO

POR TARSO ARAÚJO

A federação dos partidos e a frente ampla vai acontecer ou o PSB vai mesmo rachar e votar em várias candidaturas?

A federação de vários partidos políticos de esquerda ou centro-esquerda, como queiram chamar vem sendo tentada pelo PT e por Lula por já algum tempo.

As informações que se tem é que as discussões vêm se dando e que pode dar tudo certo, o que fortaleceria o PT, a candidatura Lula e os partidos participantes como o PSB, PV e o PC do B, autor dessa ideia.

A questão é que nos últimos dias os sinais é que nem todos no PSB querem essa tal federação. Alguns setores do PSB sequer querem mesmo votar em Luís Inácio Lula da Silva.

Por fim, algumas chamadas lideranças do PSB foram à campo recentemente para estourar a tal federação. Os argumentos foram variados, inclusive que o partido está dividido entre as candidaturas de Lula, que surfa em primeiro lugar nas pesquisas e Ciro Gomes, que não passa de 10 por cento das intenções de votos.

Mas, a verdade dos argumentos é esse mesmo? O que essas lideranças do PSB querem dizer quando estouram a federação dos partidos políticos?

A verdade nessas horas parece ficar escondida, mas há alguns sinais que se pode observar.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) de há muito tempo tem no seu nome um S de Socialista que é apenas um nome. No impeachment da presidenta Dilma Rousseff muitos parlamentares do PSB votaram a favor da cassação do mandato de Dilma e em outros momentos e votações importantes para os trabalhadores lá estavam parlamentares do PSB votando contra o trabalhador e seus direitos.

No impeachment da Dilma dos 32 deputados do PSB simplesmente 29 votaram a favor do impedimento da presidenta e 3 votaram contra. Toda a bancada do PSB de Pernambuco votou a favor do impedimento.

Na reforma trabalhista, na PEC do Teto dos Gastos e na reforma da previdência, você encontra outros valorosos “socialistas” votando contra os interesses do povo brasileiro e junto com Centrão e golpistas.

Portanto, nenhuma diferença há entre o PSB, o PSDB, o DEM e o PSDB e outros políticos e partidos que deram sustentação a maior patifaria política da história do Brasil como o impedimento de Dilma Rousseff.

Se o PSB vai ficar na federação ou depois vai apenas querer se coligar com o PT e apoiar Lula que fique o aviso direto de que o PT se coliga com um partido que compromisso algum tem com a democracia, com o Estado Democrático de Direito e com o direito dos trabalhadores. O PSB é o DEM de roupa vermelha e com S no nome. Apenas isso, o resto é folclore de eras passadas.

A era Miguel Arraes passou, quando o partido ainda tinha uma vocação popular, votava com as esquerdas e tinha alguns mandatos progressistas. E em 1989 indicou o vice de Lula sem maiores problemas formando a histórica Frente Brasil Popular.

Arraes morreu e esses ideais no PSB, pelo menos em parte expressiva do partido parece ter morrido junto, incluindo João Campos, filho de Eduardo Campos a quem creditavam ser o herdeiro político de Miguel Arraes. Marília Arraes é muito mias influente e ligada ao legado do fundamental Miguel Arraes do que o primo e prefeito de Recife.

Ademias, enquanto muitos reclamam de Geraldo Alckmin deveriam abrir o olho para o PSB, seus deputados golpistas e os independentes “socialistas” que querem distância da única candidatura de esquerda com condições de vencer os fascistas nas eleições deste ano de 2022.

A pesquisa publicada na noite desta última quarta-feira, 16, feita pelo PoderData deve acender a luz amarela na campanha de Lula.

O ex-presidente continua na frente, mas deve haver um segundo turno. É preciso lembrar também que a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu 5 pontos percentuais e os demais candidatos como Sergio Moro e Ciro Gomes não avançam nada demonstrando que a terceira via vai par ao espaço, se já não foi.

Deu para entender agora a necessidade da frente ampla contra o fascismo? Esperamos que todos os partidos de centro incluindo o PSB saibam que podem não apenas perder o bonde da história mas entrar para a história como o partido que fez tudo para dividir a  frente ampla.

Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

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