• 19 de maio, 2024 20:17

 Há um terrorista à espreita. Por Marcos Leonel

ByTarso Araújo

jan 14, 2022

FALA LEONEL

POR MARCOS LEONEL

 Há um terrorista à espreita

Bolsonaro morreu, foi assassinado por ele mesmo. Não foi suicídio, para além da facada, ele matou a si mesmo, de forma fortuita. As intenções do assassinato são diferentes das intenções suicidas. Ele foi traído por suas próprias mentiras, arrastou tramas palacianas como correntes conspiratórias. Agora ele encena a sua própria paródia e como fantasma duplicado de si, diz para si mesmo: “há algo de podre no reino bolsonarista”. Bolsonaro e o seu próprio fantasma sabem que há um mal escondido no bolsonarismo, vindo das próprias entranhas, para além da facada e suas tripas. Ele confessou tudo em uma histórica entrevista dada à Jovem Pan, exibida na última terça, dia 10 de janeiro de 2022, com audiência pífia.

A entrevista em pauta revela um político desqualificado e amoral, testemunhando as ruínas do seu mundo de ficção demoníaca caírem ao seu redor. Está isolado, abandonado e cuspido fora. Por isso fez declarações sinceras, assumindo seu verdadeiro papel nessa tragédia ambulante. Diante dos seus estertores de rebaixamentos enlameados, a realidade que predomina como cenário no perímetro temporal que envolve a publicação da entrevista, não poderia ser mais sombrio, mais tenebroso, não poderia deixar de ser uma verdadeira entronização de horror para o seu governo e para os seus planos macabros de reeleição. Um pouco antes de gravar a entrevista, Bolsonaro levou duas pancadas seguras do comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira, e um sacode violento do diretor-presidente da Anvisa, o Contra-Almirante Antonio Barra Torres.

O comandante do Exército mudou os treinamentos da tropa para o primeiro semestre do ano, pois anunciou um estudo feito através de investigação e análise do Exército, que as eleições podem ser tumultuadas pela baderna daqueles que não aceitarão a derrota e provocarão atos de invasão, depredação e intimidação terrorista, ou seja, uma precaução contra a “sociedade armada” bolsonarista, coordenada pelo gabinete do ódio, pois essa é a única facção que está alardeando isso há três anos e um mês. Logo em seguida, o comandante determinou o uso de máscaras, a vacinação, e a obediência às normas de proteção contra o vírus, dentro das dependências das tropas. Além de proibir rigorosamente a qualquer um da tropa, a difusão de notícias falsas em relação ao vírus e às vacinas. A resposta de Barra Torres às acusações infundadas e às ameaças de Bolsonaro aos conselheiros da Anvisa é um míssil teleguiado de alta precisão, que já pode ser visto em qualquer museu de História Brasileira.

Existem muitas linhas e entrelinhas nessa famosa entrevista da alegoria presidencial. Bolsonaro ironizou seus asseclas e defensores ao afirmar categoricamente que ele sempre “um cara” do Centrão, que ele nasceu e se criou lá. O mesmo Centrão de outra paródia, a do general Heleno, que cantou “se gritar Centrão, não fica um meu irmão”. Eis uma paródia duplicada. Bolsonaro disse ao seu eleitor, se é que se pode chamar assim alguém que votou e defende isso, “você votou em um cara do Centrão”. O que equivale a dizer que ele é bandido, como ele chamou quem integra o Centrão, devidamente registrado em sua campanha. Ele era o “novo” contra a corrupção e ladroagem do “velho”, o Centrão. Para além das facadas e das suas tripas, ele confessou a compra do Centrão, ou seja, a compra dele mesmo. Se existe uma classe bem assistida é a de deputados, estão bem servidos com as emendas parlamentares, disse ele em outras palavras.

A entrevista foi publicada no mesmo dia da divulgação da inflação em 2021, que atingiu 10,06%, muito acima do previsto pela “equipe” econômica. No mesmo dia também foi divulgado mais um aumento no preço dos combustíveis, gasolina com alta de 4,85%, e o diesel com alta de 8,08%. Em um ano, desde janeiro de 2021, gasolina e diesel acumulam altas de 77,04% e 78,71%, respectivamente. Dentro desse quadro tenebroso, Bolsonaro diz: “O Brasil não resiste a um novo lockdown, será o caos, será aqui uma rebelião, explosão de ações onde grupos vão defender o direito à sobrevivência deles. Não teremos Forças Armadas suficientes para Garantia da Lei e da Ordem. Pessoal entende isso ou está cavando a própria sepultura. Não adianta acusar de que tinha que ser feito diferente. Onde não morreu ninguém no mundo?” Não existe vidência nisso. É pura convocação a atos terroristas. Como ele sabe que vai acontecer isso? Essa é a réstia de um fantasma desesperado: Bolsonaro encena seus últimos atos em uma paródia grotesca de sua própria tragédia.

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