• 19 de maio, 2024 17:09

Janeiro: um mês inspirador. Por Luciana Bessa

ByTarso Araújo

jan 7, 2022

Janeiro: um mês inspirador

Luciana Bessa

Idealizadora do Blog Literário Nordestinados a Ler

 

O poeta já o disse certa feita que a ideia de cortar o tempo em fatias e dar o nome de ano foi uma manifestação genial.

O ano formado por meses assume significados distintos e múltiplos em nossa existência. Então, vou me atentar ao primeiro mês, aquele que desejamos deixar para trás os erros cometidos, os desencontros, as brigas, as tragédias e os amores desfeitos.

Janeiro, do latim Ianuarius, é uma homenagem a Jano, deus do começo, das decisões e das escolhas na mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro.

A face que olha para frente significa a renovação de nossas forças, de nossa esperança e a reafirmação de nossas crenças. É a possibilidade de começar do zero, só que mais consciente das pedras no meio do caminho. É a oportunidade do novo tomando como base o já vivido, o realizado, o aprendido e o dorido, porque o doer é uma forma de aprender.

Janeiro é o mês dos Desejos: os meus e os seus. Eu te desejo Paz interior, Saúde física e mental, Viagens para dentro e fora de si, Família unida, Amigos cúmplices, Coração transbordando de fé, Luz na caminhada e Poesia, claro, para acalentar os dias cinzas, as noites em claro e para resistir às descrenças que teimam em surgir com o passar dos meses.

É também o mês de celebrar datas significativas: no dia 01, comemora-se o “Dia Mundial da Paz” criado pelo Papa Paulo VI ainda no ano de 1967. Dia 06, segundo a tradição cristã, comemora-se o dia de Reis, em alusão a visita de três Reis Magos ao menino Jesus, além de celebrar o dia da Gratidão. E, hoje, 07 de janeiro é o dia do Leitor.

Ser leitor em um país como o Brasil que taxa os livros e não as armas, é um desafio solitário e enriquecedor. Ser leitor é um convite para sair de si e conhecer outros personagens, escutar outras vozes, debater sobre outros pontos de vista, é ser embalada por narrativas que nos fazem pensar  quem somos e quem não queremos ser, é conhecer a dor e a alegria de histórias tão parecidas como as nossas, é ficar mais lúcido e mais crítico com o passar das páginas, é preferir conversar com Cecília Meireles (1901-1964), Clarice Lispector (1920-1977) ou Rachel de Queiroz (1910-2003) a ficar zapeando a TV em busca de um programa interessante que nos faça esquecer dos problemas do cotidiano ao menos por cinco e eternos minutos. Ser leitor é ser resistência a um mundo caduco de relações líquidas.

Que venha Janeiro e nos traga múltiplas possibilidades do diferente, do novo, do silêncio que que nos permite escutar nossa voz, nossos receios, nossos impulsos que nos impele para frente. Que venha Janeiro e renove nossos mais íntimos sentimentos de Força, Gratidão, Esperança, e Determinação diante das mazelas que estão por vir. Que venha Janeiro e que possamos fazer nossa lista de livros para o ano, mas sobretudo que possamos ler as dores de nossos corpos e encontrar a beleza guardada em cada um de nós.

 

Algumas curiosidades sobre o mês de janeiro

## Janeiro é o primeiro mês do ano nos calendários junino e romano e esse nome (Janeiro) provém do latim Ianuarius, décimo-primeiro mês do calendário estabelecido por Numa Pompílio, numa gesto de homenagem a Jano, deus romano das mudanças e transições. Um deus com duas faces, um olhando para frente e outra para trás

## A Igreja Católica dedica esse mês de Janeiro ao Santíssimo Nome de Jesus Cristo e à Paz Mundial. Geralmente nesse mês de janeiro e início do ano  o Papa faz um pronunciamento conclamando povos à paz mundial e à conciliação.

## Diálogo entre as gerações, educação e trabalho são as três estradas que levam a um único caminho: a uma paz duradoura. Esta foi a proposta do Pontífice para 2022,na Mensagem do Dia Mundial da Paz, 1º de Janeiro, quando o papa Francisco falou aos povos de todo o mundo.

## Várias datas de festas cristãs foram usadas para o Ano Novo na Europa durante a idade Média, incluindo o dia 25 de março e 25 de dezembro. No entanto, os calendários medievais ainda eram exibidos na moda romana com doze colunas de janeiro a dezembro. A partir do século XVI os países europeus começaram oficialmente a tornar o 1º de janeiro o início do ano novo mais uma vez.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *