Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta segunda-feira (12), estima que ao menos 50 milhões de pessoas são vítimas de condições de trabalho análogas à escravidão no mundo. O problema afeta todos os continentes, segundo a entidade, e explodiu nos últimos cinco anos, principalmente com a pandemia de covid-19 entre 2020 e 2021. As informações são do correspondente internacional Jamil Chade, colunista do UOL.
A partir de 2016, mais 10 milhões de pessoas passaram a ser vítimas do trabalho escravo. A avaliação da OIT é de que a crise sanitária aprofundou a exploração. Até o ano passado, 28 milhões de pessoas estavam em situação de trabalho forçado. A entidade também estima que 3,3 milhões de crianças também sejam exploradas, inclusive sexualmente. Elas são uma em cada oito pessoas vítimas de trabalho forçado.
Vítimas de casamentos forçados
A reportagem também revela que um dos fenômenos que mais preocupa a OIT é o aumento dos casamentos forçados. No ano passado, 22 milhões de pessoas estavam nessa situação. O total indica um aumento de 6,6 milhões de vítimas de casamentos forçados, entre 2016 e 2021.
O número, no entanto, segundo a própria entidade, é subestimado. A avaliação é que o problema seja ainda maior. A Ásia responde por 65% dos casos. A situação também é alarmante nos países árabes, onde quase cinco pessoas de cada mil são vítimas de casamentos forçados, e nas Américas. Ao todo, 5 milhões de pessoas são vítimas no continente, das quais 3,3 milhões em trabalhos forçados e o restante em casa.
No site Rede Brasil Atual