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Bancada evangélica vota contra trabalhadores e famílias brasileiras pobres

ByTarso Araújo

jan 28, 2022

Bancada evangélica vota contra trabalhadores e famílias brasileiras pobres

A bancada evangélica na Câmara dos Deputados do Brasil é uma vergonha para quem diz ser cristão e seguir a Bíblia. Se Deus é amor e Jesus Cristo em suas palavras dizia para que olhássemos aos pobres, às viúvas e crianças pobres, então, a bancada evangélica orientada por pastores milionários faz exatamente o contrário do que estabelece a Palavra de Deus.

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 Bancada evangélica na Câmara dos Deputados vota contra trabalhadores

Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

A Igreja Universal do Reino de Deus vem fazendo nos últimos tempos uma verdadeira cruzada contra a esquerda brasileira.

Na realidade, a igreja de Edir Macedo tem íntima ligação com o presidente Jair Bolsonaro e deve apoiar o presidente em sua tentativa de reeleição nas eleições deste ano.

A igreja solta textos em seu site e conta com forte apoio da Rede Record de Televisão para propagar seus objetivos políticos e partidários que nesta eleição de 2022 estão ligados ao governo fascista de Bolsonaro.

Além da Universal outras denominações evangélicas formam uma bancada que diferente do que pregam nos púlpitos vota contra os direitos de milhões de brasileiros, sejam esses brasileiros católicos, evangélicos, ou de qualquer outra religião.

Na propaganda a bancada evangélica na Câmara dos Deputados faz uma aberta campanha dizendo ser defensora dos pobres, do povo cristão, das crianças, das famílias, da justiça, da moral e dos valores e bons costumes.

Mas quando damos uma olhada em como votam os membros da bancada com mandato na atual legislatura e na anterior, quando a maioria da bancada evangélica apoiou o golpe de 2016 e apoiou a reforma trabalhista, então, a história é bem diferente.

A bancada evangélica vem demonstrando ao longo do tempo que é uma bancada de políticos que vota nas propostas dos ricos e em um ou outro ponto votam contra temas como aborto e legalização de cassinos, proposta defendida por bancadas que em outras votações são aliadas da bancada evangélica.

Mas, no tocante aos direitos do povo a bancada vota simplesmente com os interesses dos ricos e milionários esquecendo as pregações de um Deus dos pobres e para os pobres. O que vale para a bancada evangélica aprovar medidas que tira empregos, destroem a famílias dos trabalhadores e enriquecem uns poucos.

Veja alguns momentos da votação da bancada evangélica e veja como os pobres não tem vez com o voto desses representantes de igrejas de variadas denominações:

 

TERCEIRIZAÇÃO

A bancada evangélica deu apoio para aprovação do Projeto de Lei (PL) 4302/98, que permite a terceirização de todas as atividades das empresas. A terceirização é uma precarização das condições de trabalho, além dos trabalhadores correrem o risco de trabalharem em condições análogas a escravidão. Foram 231 votos a favor e 188 contra, destes, 36 votos foram dos deputados evangélicos, que foram fundamentais para a aprovação (se eles tivessem votado contra, o projeto não teria sido aprovado).

REFORMA TRABALHISTA

Os votos da bancada evangélica também foram decisivos para aprovação da reforma trabalhista. Ao todo, foram 296 votos a favor da reforma e 177 contra, sendo 47 votos foram de deputados evangélicos. Lembrando que a reforma trabalhista tão defendida pela bancada evangélica é a grande responsável por milhões de desempregados, pela terceirização das relações de trabalho e  pelas perdas de direitos de milhões de trabalhadores no Brasil.

PEC DO TETO DE GASTOS

Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a PEC 241 estabelece um teto para o aumento dos gastos públicos pelas próximas duas décadas, e foi aprovada com 359 votos a favor e 116 contra. A bancada evangélica em sua maioria também votou a favor e ajudou a congelar os gastos públicos no país. A PE do Teto dos Gastos é a grande vilã nesta pandemia já que o nenhum governo pode investir mais na Saúde da população devido à aprovação da PEC com apoio da bancada evangélica e do atual presidente Jair Bolsonaro.

REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Outro retrocesso que foi comemorado pela bancada evangélica foi a Reforma do Ensino Médio, aprovada com 263 votos a favor e 106 contra. A reforma não foi debatida com a população e teve mudanças que não solucionam os principais problemas na educação. Algumas das alterações foram: aumento da carga horária, de 800 horas anuais para 1,4mil horas anuais e retirada da filosofia, sociologia, educação física e artes das matérias obrigatórias.

APOIO AO GOVERNO GENOCIDA

O maior pecado da bancada evangélica talvez seja o apoio incondicional que dê ao governo genocida de Jair Bolsonaro. Um presidente que não trabalha, que voltou o Brasil ao mapa da fome, que desemprega milhões de brasileiros, que vende nossas riquezas á preço de banana e que defende o uso de armas para a população. Um governo que sabota a vacinação da população e quer destruir nossa democracia.

HOMOFOBIA E PRECONCEITO

O mais grave ainda dessa tal bancada evangélica é a quantidade de “pastores” como Marco Feliciano que adora se mostrar homofóbico e preconceituoso, e, mais ainda, se mostram apoiadores incondicionais de todo tipo de preconceito defendido e difundido por Bolsonaro e seus seguidores em redes sociais.

 

Com informações do site Ceilândia em Alerta

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