EDITORIAL
A imprensa precisa de atitude e combater as fake news nas eleições e no cotidiano
A imprensa brasileira precisa tomar uma atitude e combater as fake news. Lógico que sabemos que grandes veículos da chamada mídia corporativa são produtores de mentiras e em momentos importantes da sociedade brasileira mentiram e conspiraram.
Basta lembrar o papel repugnante de veículos como Rede Globo, Folha e outros no golpe de 1964 e mais recentemente em 2016 quando apoiaram todo tipo de articulação para retirar Dilma Rousseff do poder e colocar Michel Temer e sua ponte para o futuro.
O resultado dos golpes no Brasil é que o povo brasileiro é levado à fome, desemprego, miséria, violência e humilhação.
Enquanto isso, poucos milionários enchem seus bolsos e os pobres de direita batem palmas para sua própria miséria.
Deixando claro que quando falamos da imprensa nos dirigimos aos profissionais de imprensa sérios, que tem compromisso com a boa informação e com a verdade e que tem compromisso com um Brasil mais justo, democrático e em pleno desenvolvimento econômico, social, político, cultural e humanitário.
Não falamos com a grande mídia que já não são veículos de comunicação, mas corporações com interesses econômicos determinados e hegemônicos.
Falamos aos cidadãos que querem um Brasil em plena democracia e não com ditadores de plantão. Por isso que é relevante um texto assinado pela Associação Riograndense de Imprensa, localizada no Rio Grande do Sul em que defende a importância do combate às fake news propagadas no Brasil atualmente por grupos neofascistas.
A nota impressiona ao afirmar que “para não deixar dúvidas sobre a nossa posição, repudiamos com veemência governantes, legisladores, autoridades públicas, candidatos e agremiações políticas de viés autoritário e antidemocrático, que agridem sistematicamente jornalistas e usam a mentira como arma para conquistar ou se manter no poder. Discordamos inequivocamente de políticos e pretendentes a cargos públicos que afrontam a democracia, desprezam os direitos humanos e transigem com a corrupção”.
Um alerta que veio do Rio Grande do Sul. E que esse alerta seja copiado por todos os profissionais de imprensa no Brasil. Aqui no Ceará e no Nordeste é importante o alerta da sociedade para a campanha e para evitar que figuras autoritárias que querem apenas destruir o Estado Democrático de Direito tenham acesso a postos importantes com votos dos eleitores para ao final sabotar a democracia e aprovar medidas que não são de interesse da maioria do povo cearense, nordestino e brasileiro.
Editorial do jornal Leia Sempre na edição nº 94 desta sexta-feira 14 de janeiro de 2022.