• 19 de maio, 2024 15:41

O víruas da bandidagem. Por Marcos Leonel

ByTarso Araújo

jan 7, 2022

 

Em um cenário de crise generalizada e o mandatário em férias eternas, fazendo da descompostura o seu credo e fazendo de uma facada a sua reza degenerada, mais um escândalo de corrupção explode no colo do ministro da saúde, que não levou facada, mas faz da sua pasta uma bolsa de colostomia negacionista, o tanto quanto que negocionista como bem disse o ex-ministro Arthur Chioro. O ano começa da mesma forma que nunca terminou o anterior: vacância na cadeira de trabalho da presidência e esculhambação institucional, enquanto o povo padece com tragédias e fome, vendo fora da televisão o país em franca desconstrução e dentro dela testemunhar um camarão semi-mastigado morrer atrapalhando o trânsito.

Se não bastasse toda a arquitetura de sabotagem da vacinação e das estratégias de combate à pandemia, através de uma pauta de canalhice ideológica, com requintes de crueldade nazista no que diz respeito à infame campanha negacionista contra a vacinação de crianças, a deputada Bia Kicis compartilha em redes sociais o vazamento de dados pessoais de médicos pró-vacina, dando sequência ao terrorismo anunciado por Bolsonaro. Em uma live ele ameaçou conselheiros da Anavisa que aprovaram a vacinação: “A Anvisa não está subordinada a mim – deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo”, disse ele dia 16/12, em pleno flagrante de terrorismo fascista.

O que ele e sua miliciana da tropa de choque fizeram é crime. As intenções são claras em impulsionar o ódio bolsonarista contra quem é cientificamente a favor da vacinação de crianças. Dar o endereço e fornecer dados já é terrorismo, isso é teleguiar os drones da intolerância nazista, para que os mísseis que sabotam a dignidade do povo brasileiro possam destruir reputações e arrasar famílias inteiras que lutam pela restauração do bom senso e da coerência, longe dos dejetos da lavagem intestinal da governança. Há quem afirme que a CPI da Covid serviu para alguma coisa e há quem afirme que a CPI do genocídio serviu para empoderar mais ainda a corja, mediante a certeza da impunidade. Vacina não é questão ideológica, é questão de lógica científica. Ministério da Saúde no Brasil de hoje é questão imperiosa de corrupção e bandalheira.

Ultrajar a morte de quem já foi ultrajado em vida por negligência social do governo é o pleonasmo ostentado pela ideologia nazista. A impunidade é a gestora mãe do cabaré Brasil. Se o governo não fosse moralmente chulo, não haveria linguagem chula pronta para defini-lo. Uma mão suja a outra na governança da família Bolsonaro, a única que conseguiu emplacar um vereador federal e um ministro da economia dono de contas em paraísos fiscais. Tanto é que o líder do governo, Ricardo Barros, velho conhecido da justiça brasileira, volta aos noticiários, depois de ter sido desmascarado pela Comissão Parlamentar de Inquérito, na maior operação fraudulenta de compras de vacinas, sendo ele, o líder do governo, apontado como mentor dessa patifaria. São fartas as documentações e provas sobre isso. A recente denúncia feita pelo o Jornal GGN envolve mais uma vez Ricardo Barros em mecanismos de sabotagem de medicamentos dentro da pasta de saúde.

Dessa vez foi o caso da imunoglobulina, medicamento que atua no tratamento de diversas doenças, incluindo degenerativas e cancerígenas. Os asseclas de Ricardo Barros agiram com precisão. Veja os detalhes dessa operação na matéria do Jornal GGN: “O Balcão de negócios do Ministério da Saúde”. O fato é que a quadrilha que agiu na pasta de saúde quando Ricardo Barros era ministro, na gestão do golpista salafrário Temer, ainda está atuando, mesmo com ameaças de uma nova onda da pandemia, mesmo com a influenza se transformando em epidemia, mesmo com um pedaço de camarão em meio a fezes virando astro das televisões e redes bolsonarista. Você não leu o nome de Fux e nem Queiroga, até agora, mas eles estão presentes desde o início do texto, é que eles estão protegidos pelo anonimato de cem anos dessa imensa bolsa de colostomia que virou o Brasil.

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