• 19 de maio, 2024 18:18

O Brasil ainda vive sob o signo da censura na imprensa

ByTarso Araújo

jan 7, 2022

A sociedade brasileira atualmente vem sendo vítima das chamadas fake news. São muitas as denúncias que as tais fake news produzidas pelo bolsonarismo em grupos de whatsapp e redes sociais são danosas ao bom andamento do país e da democracia. Mas tem muito veículo da chamada grande mídia promovendo fake news, enganando seus assinantes e faltando com a verdade.

COLUNA PANORAMA POLÍTICO

POR TARSO ARAÚJO

A censura do “Bispo” da Record contra um jornalista mostra bem os tempos que estamos vivendo

Recentemente o jornalista Juremir Machado foi às redes sociais fazer a denúncia de que sofria censura do dono do sistema Record de comunicação, o bispo Macedo, pastor e empresário que é o dono da TV Record e outros veículos de comunicação Brasil afora.

Juremir apontou que foi censurado em algumas oportunidades e exatamente quando fazia críticas ao atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aliado político de Macedo e outros empresários da comunicação e pastores.

A censura contra profissionais de imprensa no Brasil não é novidade e tampouco acabou. Na época da Ditadura Militar muitos grandes jornais eram obrigados a ter dentro de suas redações um censor, aquele preposto da ditadura, geralmente alguém com pouca cultura e conhecimento mas muita truculência e que escolhia qual texto ou foto poderia ser publicado.

Isso nos dias atuais não existe, mas no governo Bolsonaro a censura se dá mediante esse tipo de postura dos “donos da imprensa” que por conta de acordos comerciais e políticos censuram seus próprios profissionais proibindo que sejam feitas análises críticas e que em alguns casos a verdade seja dita aos leitores, telespectadores ou ouvintes.

A sociedade brasileira atualmente vem sendo vítima das chamadas fake news. São muitas as denúncias que as tais fake News produzidas pelo bolsonarismo em grupos de whatsapp e redes sociais são danosas ao bom andamento do país e da democracia. Mas tem muito veículo da chamada grande mídia promovendo fake news, enganando seus assinantes e faltando com a verdade.

A postura da grande mídia brasileira tem sido a de defender, por exemplo, uma pauta neoliberal pra a economia, excluindo milhões do mercado de trabalho e para que essa pauta seja aplicada  toda a grande mídia se incorporou de uma maneira ou de outra da campanha do então candidato Bolsonaro à presidente. Guedes, o posto Ipiranga, era o grande gênio da economia de mercado que iria nos salvar.

A mídia brasileira transformou Guedes em um economista que quinta grandeza e o resultado é a catástrofe econômica que vivemos.

Lembrar ainda da mesma mídia que transformou um juiz de primeira instância em herói nacional. Dizendo que ele salvava o Brasil da barbárie da corrupção. Depois vimos que o tal juiz herói na realidade fez um conluio junto com alguns procuradores e protagonizou o maior escândalo da história do judiciário brasileiro.

Ou vamos achar que o editorial  “uma escolha difícil” dizendo ser difícil escolher entre Fernando Haddad e Bolsonaro era uma escolha difícil pelo fatos dos dois serem quase a mesma coisa, foi um ato de quê? Na nossa ótica um ato de apoio declarado à Bolsonaro.

Sem falar na campanha feita nos grandes veículos contra  campanha de Haddad, a divulgação da tal delação fajuta de Pallocci a poucos dias da eleição vazada pelo então  juiz Sérgio Moro,  o apoio declarado de alguns veículos à prisão de Lula tirando o ex-presidente do páreo e ajudando em muito o caminho de Bolsonaro ao Palácio do Planalto, como se isso fosse tudo coincidência, e não fo;.

A mídia brasileira há muito tempo vem censurando profissionais de imprensa e negando a verdade dos fatos aos brasileiros. Para apoiar a reforma trabalhista os editoriais foram altos e claros. Que a reforma ia trazer novos empregos, seriam 2 milhões em dois anos, tudo isso para aprovar uma reforma que vemos hoje, retirou direitos do trabalhador e pavimentou a ampliação da queda da massa salarial e mais desemprego.

Em suas redes sociais após ser demitido do Correio do Povo Juremir Machado afirmou: “Entrei no Correio do Povo em 1º de setembro de 2002. Hoje, fui demitido. O projeto de extrema direita bolsonarista não quer saber de pluralismo”.

Portanto, a censura é grave e mostra que estamos vivendo dias perigosos.

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