• 19 de maio, 2024 17:59

Lula acerta quando diz que é preciso revogar a reforma trabalhista de Michel Temer

ByTarso Araújo

jan 7, 2022

O ex-presidente Michel Temer (centro) junto a ministros e parlamentares no evento em que foi sancionada a reforma trabalhista, em 13 de julho de 2017.

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Por Tarso Araújo, editor do Leia Sempre

O ex-presidente e presidenciável Luís Inácio Lula da Silva acerta quando sugere em uma postagem  em redes sociais –  e em seguida confirmada e estimulada pela presidenta do seu partido Gleisi Hoffman – a importância de se revogar a reforma trabalhista de Michel Temer de 2017 apoiada por DEM,  MDB, setores do PSB e PDT, Centrão, Bolsonaro, tucanos e outras legendas e parlamentares e aplaudida de pé pela mídia corporativa e por setores empresariais.

Na época da reforma trabalhista de Temer defendemos bastante que o movimento sindical e os trabalhadores fossem às ruas exigir a sua não aprovação,  mas nem um nem outro assumiu o estandarte desta luta e o resultado foi a aprovação dessa catástrofe humanitária e social que significa a reforma trabalhista de Temer.

Digo catástrofe humanitária pois não há a mínima chance – como não havia na época -de uma reforma que apenas retira direitos de trabalhadores dar certo. Essa teoria neoliberal, de exaltação do mercado é furada e nenhum país do mundo desenvolvido aplica mais esse receituário. Os Estados Unidos não aplica, mas sua política imperialista o leva a apoiar e criar condições para que isso aconteça  na América Latina. E é isso o que vem acontecendo. A direita dá golpes para aplicar na América Latina o neoliberalismo enquanto Democratas e Republicanos são nacionalistas ferrenhos.

Era óbvio que a reforma trabalhista de Temer tinha como objetivo retirar direitos, deixar os trabalhadores sem proteção financeira  e sem a força sindical para lutar em seu favor.

A aprovação da reforma aproveitou aquele momento de refluxo dos movimentos dos trabalhadores para ali sim, passar a boiada de uma reforma apenas prejudicial a classe trabalhadora brasileira abrindo caminho para a destruição da Consolidação das Leis Trabalhistas em nosso país.

O silêncio foi grande dos trabalhadores, e, principalmente das lideranças sindicais que pouco ou nada fizeram para impedir a aprovação da reforma. Ou então, e isso pode ser levado em conta também que trabalhadores e suas entidades estavam sem forças naquele momento. O resultado final é que a falta de mobilização deixou o caminho livre para impor essa reforma e outras que vieram na sequência, e outras que estão sendo analisadas por deputados e senadores e que podem retirar ainda mais direitos do povo brasileiro.

Nesse momento eleitoral é preciso o movimento sindical desfraldar suas bandeiras, ir às ruas e exigir dos candidatos compromisso com a revogação da reforma trabalhista de Temer.

Mais ainda, o movimento sindical precisa ir às ruas e exigir a revogação mediata dessa reforma, uma política de geração de emprego e renda, uma política de industrialização do Brasil e mudanças no reajuste do salário mínimo e das tarifas públicas.

Os trabalhadores precisam ir às ruas para exigir que os políticos e os dirigentes se responsabilizem com políticas de Estado com o bem estar da população.

Lembremos que a tal reforma trablhista de Temer não é resultado de um debate na sociedade, mas de uma ação de um governo golpista que aproveitou a oportunidade para retirar direitos históricos dos trabalhadores brasileiros. Quem foi conivente que mostre sua cara. Quem não foi, que agora lute pela revogação dessa reforma. 

Não é Bolsonaro nem esse bolsonarismo chulo que pode segurar as lutas dos trabalhadores nesse momento.

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