• 18 de maio, 2024 14:23

TRIBUNA SINDICAL – Na era Bolsonaro a desigualdade social cresce no Brasil, e não há nenhuma novidade nisso

ByTarso Araújo

out 15, 2021

COLUNA TRIBUNA SINDICAL

PUBLICADA  TODA SEXTA-FEIRA NO JORNAL LEIA SEMPRE

Na era Bolsonaro a desigualdade social cresce no Brasil, e não há nenhuma novidade nisso

A coluna Tribuna Sindical desta semana trás a compilação de dois textos publicados no site Rede Brasil Atual em que se retrata a ampliação da desigualdade social no Brasil na era Bolsonaro. Mais ainda, retrata também o aumento da fome na família trabalhadora brasileira. A política do governo Bolsonaro é destruí as políticas sociais, evitar fazer políticas compensatórias e desmontar o estado brasileiro.

Foto: Sindbancarios

I – O aumento da desigualdade no Brasil

Segundo pesquisa feita pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), a desigualdade aumentou mais no Brasil durante a pandemia quando comparada a outros 40 países. O levantamento utilizou dados sobre a percepção da população em relação às políticas públicas de saúde, educação e meio ambiente. De acordo com o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, trata-se de um modelo econômico adotado nos últimos anos que vem ampliando o “abismo social” no país.

“De alguma forma, o que a gente está assistindo até agora é um processo de ampliação do abismo social no Brasil. E não há nenhuma política efetiva para reverter essa situação”, disse Fausto, em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, na última  quarta-feira (13).

Além de não haver projetos de inclusão, nem criação de emprego e renda, Fausto destaca que a pauta principal do governo é “descontruir” os direitos sociais adquiridos a partir da Constituição de 1988. Como exemplo, ele cita a PEC 32, da chamada “reforma” administrativa, que vai transformar o que resta desses direitos em mercadoria.

Imagem:  ALEX CAPUANO/CUT

II – Governo Bolsonaro colabora com inflação e desigualdade

O diretor técnico do DIEESE Fausto Augusto Júnior explica ainda que o governo Bolsonaro negou a pandemia. Nesse sentido, foi o Congresso Nacional que liderou a discussão para a implementação do auxílio emergencial. Além disso, outras ações do governo, como a política de preços da Petrobras e as tarifas de energia, vêm colaborando para o aumento da inflação e da desigualdade.

“Além de tudo isso, é bom lembrar que o governo atual injeta bastante insegurança do ponto de vista do investimento”, acrescenta o diretor técnico do Dieese. “Na verdade, o governo não tem política econômica, nem política social. De alguma forma não tem um projeto do Brasil, que não seja desmontar o que foi construído anteriormente, principalmente a partir da Constituição de 88 e dos governos Lula e Dilma.”

Foto: Jornal de Tocantins

 

III – Aumento da fome entre a família trabalhadora

Em constante crise política e econômica, agravada pela condução desastrosa da pandemia de covid-19, o Brasil agrava a cada dia o cenário de extrema pobreza, conforme aponta estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Pessan). divulgado em abril.

Quase 20 milhões de brasileiros afirmam que passam períodos de 24 horas sem ter o que comer. Cerca de metade da população – 116,8 milhões de pessoas – sofre atualmente de algum tipo de insegurança alimentar. “O Brasil continua dividido entre os poucos que comem à vontade e os muitos que só têm vontade de comer”, afirmam pesquisadores da entidade.

De acordo com o “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, a situação vem piorando de forma acelerada sob o governo Bolsonaro. “Em apenas dois anos, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões. Nesse período, quase 9 milhões de brasileiros e brasileiras passaram a ter a experiência da fome em seu dia a dia”, aponta o relatório.

Foto: Breno Thomé Ortega

 

IV – No Basil a fome apenas aumenta

O levantamento foi realizado em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil, em áreas rurais e urbanas, de 5 a 24 de dezembro de 2020. Dos 116,8 milhões de pessoas atualmente em situação de insegurança alimentar, 43,4 milhões (20,5% da população) não contam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estão passando fome (insegurança alimentar grave). “É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.” O número de brasileiros sem acesso a comida é maior do que a população total dos estados da Bahia (15 milhões) ou do Rio de Janeiro (17,5 milhões). Apenas Minas Gerais e São Paulo têm mais que 19,1 milhões de habitantes, o extrato da  fome de Bolsonaro no Brasil.

Foto: Reprodução

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