• 18 de maio, 2024 10:40

Foi preciso um prêmio Nobel para a gente chegar à conclusão que diminuir o salário mínimo não desemprega

ByTarso Araújo

out 15, 2021

Foto: David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens ganham Nobel de Economia 2021 — Foto: UC Berkeley/Redes sociais/Stanford University

Foi preciso um prêmio Nobel para a gente chegar à conclusão que diminuir o salário mínimo não desemprega

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O argumento de que aumentar o salário mínimo e também o fato de trabalhadores terem mais direitos diminui o número de empregos caiu por terra com o prêmio Nobel de Economia dados esta semana para pesquisadores que desvendaram uma história que os brasileiros sentem na pele.

 

Queda do salário mínimo ajuda o desemprego no Brasil e no mundo

Por Tarso Araújo,

Editor do Leia Sempre

 Muito interessante voltar à discussão no Brasil e no mundo sobre a questão de que reajuste do salário mínimo de um determinado país ou região não necessariamente leva à quede no nível do emprego.

Em um momento em que se debater direitos dos trabalhadores é demonizado pelo governo e pela grande mídia corporativa que apoia o neoliberalismo governamental, então a cosia fica ainda mais feia.

O argumento de que aumentar o salário mínimo e também o fato de trabalhadores terem mais direitos diminui o número de empregos caiu por terra com o prêmio Nobel de Economia dados esta semana para pesquisadores que desvendaram uma história que os brasileiros sentem na pele.

No Brasil já virou discurso normal estimulado pela rede de fake news bolsonarista, portanto, com apoio de vasto setor social, mas não maioria é claro, que os trabalhadores para terem seus empregos precisam perde direitos. Essa receita mostrou apenas ser fatal para a economia. Quanto mais trabalhadores perdem direitos, perdem empregos, a massa salarial cai e a economia piora. Tudo junto.

O Brasil neoliberal de Guedes vem produzindo fome, miséria, desemprego e índices econômicos muitos ruins que atestam que a economia para melhorar vai levar no mínimo uns 5 anos após a saída de Bolsonaro e Guedes do comando.

David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens foram premiados na última segunda-feira, 11, com o prêmio Nobel de Economia que derruba conceitos do mercado de trabalho tradicional. David Card pesquisou os efeitos do salário mínimo, da migração e da educação no mercado de trabalho e chegou à conclusão que aumentar o salário mínimo não gera desemprego.

Pelo contrário, em pesquisas feitas em duas regiões americanas, Card concluiu que, na prática, a teoria de que o aumento do salário mínimo seria nocivo à economia e ao mercado de trabalho não se sustentava. Onde o piso aumentou, o emprego também cresceu.

O resumo da ópera é que fica no chão a tese neoliberal dos  atuais governantes brasileiros e a tal escola de Chicago, uma turma da qual o ainda Ministro  da Economia do Brasil Paulo Guedes fez escola e fortuna e que defende um estado mínimo, a retirada dos direitos sociais e qualquer proteção social do Estado.

A tal política de estado mínimo e o neoliberalismo tem sido a tônica do governo Bolsonaro. A retirada de direitos dos trabalhadores vem aumentando a fome, a miséria, o desemprego chega a quase 15 milhões de pessoas, sem falar nos 5 milhões de desalentados e nos 33 milhões de brasileiros que fazem o chamado “bico”, ou seja, trabalham na informalidade sem salário, sem direitos.

O Brasil de Paulo Guedes e Bolsonaro é o da fome, desemprego e desalento para o trabalhador. E a prova viva de que quando se muda a política de correção do salário mínimo para achatar esse salário mínimo e se retira direitos dos trabalhadores, isso sim, gera desemprego.

(Com informações do portal Rede Brasil Atual)

 

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