Eduardo e Carlos Bolsonaro, filhos do presidente. Foto: Divulgação
Além de Jair Bolsonaro, Eduardo e Carlos também devem ser incluídos no pedido de indiciamento do relatório da CPI. Devem entrar na lista da comissão outros aliados do presidente, como Fábio Wajngarten e Filipe Martins. Os nomes devem constar no capítulo relativo à disseminação de fake news.
Serão mais de 30 pessoas incluídas no documento, segundo a coluna de Malu Gaspar no Globo, que deve ser apresentado no próximo dia 19.
Renan Calheiros e a equipe de juristas da comissão estão escrutinando trocas de mensagens dos filhos do presidente. Elas comprovariam que eles tiveram envolvimento com o esquema de divulgação de notícias falsas na pandemia. Os diálogos foram obtidos no compartilhamento do material do inquérito das fake news no STF (Supremo Tribunal Federal).
No caso de Eduardo, as mensagens mostram que ele trocou mensagens com “patrocinadores” da fábrica de fake news. Entre eles estão Luciano Hang e Otávio Fakhoury. Já Carlos, aparece trocando mensagens com Filipe Martins sobre o conteúdo a ser distribuído nas redes bolsonaristas. Para os senadores do colegiado, é certo que ele coordena o gabinete do ódio.
Renan diz que “com certeza” vai pedir o indiciamento de Bolsonaro
Renan Calheiros afirmou ontem que “com certeza” pedirá o indiciamento do presidente no relatório. Em conversa com jornalistas, o relator da comissão prometeu pedir que seja indiciado “pelo que praticou”.
“Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório”, diz.