• 18 de maio, 2024 10:02

A carta histórica de Léo Pinheiro. Por Marcos Leonel

ByTarso Araújo

set 17, 2021

COLUNA FALA LEONEL/ POR MARCOS LEONEL

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

 Desde que Aécio Neves expeliu sua bílis venenosa após a derrota para Dilma Rousseff, em que ele se esperneou, vituperou e transtornado espumou, babando raivoso a sua vingança golpista, sujando ainda mais os microfones e as câmeras da grande imprensa corporativa, nunca mais o Brasil conseguiu estancar a vergonha nacional que escorre das entranhas do poder e se aloja nos esgotos da vida privada brasileira feito água turva de sanitário, onde os vermes são batizados após a moral dos homens de bem verter suas necessidades mais impuras.

A verdadeira história é feita de pequenas narrativas simultâneas, alheias ao controle sabotador dos formadores de opinião subservientes ao sistema, que impõe o discurso de manipulação da realidade, aquele que sedimenta a manutenção do poder e solidifica a opressão econômica, fazendo com que o povo acredite que ele precisa de um salvador da pátria, à revelia das chibatadas e do cativeiro da sobrevivência. Uma dessas narrativas históricas é a carta escrita por Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS. De próprio punho ele renega acusações feitas contra Lula em delação premiada, ao mesmo tempo em que confirma a bandidagem da lava-jato.

O facínora Sérgio Moro foi parido naquele esgoto de dinheiro que o Jornal Nacional da Globo usava como vinheta para ilustrar as “ações” da quadrilha de Curitiba, que eram narrativas programadas para exterminarem as reputações de Lula e Dilma, incorporadas à maior campanha de difamação política arquitetada pela imprensa sebosa brasileira, a serviço da direita reacionária e depois desfrutada pela extrema direita nazista, que hoje ocupa o poder e destrói o país. O PSDB foi o banco de esperma dessa inseminação artificial, o asqueroso Michel Temer foi a barriga de aluguel, mas quem registrou essa cria demoníaca foram os grandes empresários, tendo como padrinhos o Supremo e o com tudo.

Sérgio Moro pintou e bordou. Mijou em cima de reputações; aniquilou empresas; exterminou o protagonismo da dignidade; legalizou a criminalidade do judiciário; fundou o maior esquema de colaboração e garantismo golpista da história do Brasil; trabalhou para o FBI e para a CIA; arrebatou seguidores e defensores entre bandidos sociais; fez escola; ficou milionário; virou ministro; virou farsa; virou meme; virou réu; foi desmascarado e agora boia a esmo, completamente defecado pelo sistema que ele integrou e se alimentou dele. A descarga vem agora, feito enxurrada, com a carta de Léo Pinheiro, que diz que mentiu em depoimento, que praticou falso testemunho, que foi chantageado e torturado psicologicamente por Moro e a quadrilha de Curitiba.

Lula não tem culpa de nada, diz a carta de Léo Pinheiro. Até agora Lula é inocentado pela décima nona vez. As acusações falsas viraram processos arquivados. A carta de Léo Pinheiro é histórica porque se recusa a estipular a mentira, a tramoia, a trapaça e a bandalheira como narrativas principais. Já a carta de Bolsonaro, escrita por Temer e abonada pela vergonha nacional, é histórica por se tratar da narrativa principal da mentira, da tramoia, da trapaça e da bandalheira. O Supremo Tribunal Federal vai precisar escrever muitas cartas históricas para explicar como isso aconteceu com o seu consentimento e sua participação direta nesse esgoto. A história é muito generosa e proficiente em ser descoberta por detalhes em pequenas narrativas, da mesma forma que a imprensa corporativa é canalha na tentativa de esconder a verdade em suas grandes narrativas. Mas não tem quem tire a vergonha das manchetes, muito menos a desmoralização das legendas e a gosma que escorre delas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *