• 20 de maio, 2024 01:37

Entenda os rastros da corrupção de Bolsonaro.Por Marcos Leonel

ByTarso Araújo

jul 16, 2021 #Colunistas

 

Além das inúmeras suspeições que existem sobre as ligações da família Bolsonaro com a milícia do Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, pesam sobre o seu governo as ações duvidosas dos militares que ocuparam a gestão, como uma invasão do garantismo de continuidade do mandato, bem como já são visíveis situações encorpadas de corrupção.

Não existem explicações satisfatórias pra vários casos envolvendo o presidente e a família, são episódios que se somam na gestão feita a dez mãos, transformando o País em um banheiro de uso coletivo da casa. As ligações íntimas com Queiroz, Adriano da Nóbrega, Wassef, Roberto Jefferson e inúmeros evangélicos terrivelmente presos por ladroagem, bem como o casamento com o Centrão, não conseguem ser escondidas para debaixo da privada.

Muito para além e avante de cheques, rachadinhas, grilagens e outros mecanismos rasteiros de picaretagens, existe uma lista de sinistros envolvendo o governo, através de ministros, secretários, assessores e agregados, que nãos só necessitam de atualização constante, como também precisa de investigação a fundo. O superfaturamento das vacinas serviu como um anzol, que tirou do fundo da lama aquilo que parecia se encaminhar para o campo nebuloso da memória seletiva, do povo e da imprensa corporativa.

No caso da intervenção na Polícia Federal, Bolsonaro é acusado de corrupção passiva privilegiada, uma vez que ele tentou blindar das investigações de bandalheira, amigos e familiares, no caso Flávio Bolsonaro e a investigação de rachadinha com o amigo e capanga Queiroz. Wanjgarden foi embora, mas deixou rastros de tráfico de influências, deixando Bolsonaro acusado de corrupção passiva, pois contratos vultosos foram feitos para empresas do ex-ministro, e que ainda estão em vigor. O presidente sabia e concordou.

Marcelo Álvaro, ex-ministro do turismo de Bolsonaro foi acusado pelo Ministério Público de desvio de verbas eleitorais. Ele foi demitido antes que as investigações chegassem à campanha eleitoral do presidente, que na época era do mesmo partido do meliante, o PSL. Onyx Lorenzoni, capanga da tropa de choque do presidente, também confessou publicamente mutretas nas verbas de campanha, é mantido como peça importante do governo até hoje.

O ex-ministro Ricardo Salles é um caso à parte, também demitido antes que a bandalheira chegue ao clã Bolsonaro. Ele já é condenado por tramoias com empresas mineradoras e está sendo investigado no escândalo do roubo de madeiras ilegais. Em ambos os casos ele recebeu propinas milionárias. Chico Rodrigues, o ex-líder do governo no Senado foi acusado de desvios de verbas no combate à pandemia, flagrado com dinheiro no terminal do tubo digestivo, devidamente encoberto pela cueca. Ainda é membro da tropa de choque do paladino da honestidade.

Ricardo Barros é o líder do governo na Câmara e é um dos líderes dos grandiosos escândalos de superfaturamento das vacinas. São bilhões que seriam pagos, mas que foram negociados em registros oficiais. Ricardo Barros divide o estrelato dessa honestidade suprema com militares do exército, policiais e líderes religiosos, todos patriotas tementes a Deus e a favor da família. Ricardo Barros é um dos caciques do Centrão, comprado por Bolsonaro pelo conhecido escândalo do orçamento secreto, em uma quantia irrisória de R$ 3 bilhões. Vale ressaltar, que a culpa de tudo isso é a falta do voto impresso. Faz arminha que passa.

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Marcos Leonel é escritor, graduado em Letras pela Universidade Regional do Cariri (URCA), professor de Literatura e músico. É comentarista do programa Bom Dia Notícias no Canal Leia Sempre Brasil e editor do site Fala, Leonel.

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