• 20 de maio, 2024 02:00

Cidades brasileiras devem ter áreas alagadas permanentemente até 2050

ByTarso Araújo

nov 29, 2023

Centenas de cidades correm risco de inundação permanente até 2050 em consequência do aquecimento global. O cenário é ainda mais complicado até 2100. É o que revela estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com agências especializadas. De acordo com os cientistas, cidades como Santos, Rio de Janeiro, São Luís e Fortaleza, para falar apenas do Brasil, correm sérios riscos. No Rio, por exemplo, o mar deve subir 48 centímetros até o fim do século. Fortaleza, 50 centímetros.

Na prática, confirmadas as projeções, 70 milhões de pessoas deverão deixar suas casas em todo o mundo em razão da elevação dos mares. A estimativa para parte das cidades costeiras do Brasil é de que, até meados deste século, ou seja, daqui a um par de décadas, 5% delas estejam submersas. A culpa disso é do mesmo mecanismo que tem levado os brasileiros a experimentarem eventos extremos: o aquecimento global. De acordo com dados incipientes, 2023 deve fechar como o ano mais quente do planeta em mais de 100 mil anos.

Já começou
A elevação do nível dos oceanos parece inevitável para os especialistas. Isso porque a comunidade internacional está longe de atingir a redução dos gases no efeito estufa propostos por cientistas. A falta de comprometimento com o planeta vem ampliando as consequências. Nesta semana, a Rússia e a Ucrânia viveram dias difíceis com ventos acima de 140 quilômetros por hora, tempestades de neve e tsunamis no que a mídia local chama de “tempestade do século”.

Na semana anterior, cidades litorâneas do Brasil, como Rio de Janeiro, São Sebastião (SP) e Laguna (SC) viveram “tsunamis meteorológicos”, com ondas que avançaram sobre as cidades. Isso sem falar nos termômetros do Sudeste e do Centro-Oeste que superaram os 45 graus em algumas cidades com uma onda de calor sem precedentes. A sensação térmica superou os 55 graus no Rio de Janeiro. Não basta apenas olhar para o fenômeno do El Niño, um dos maiores da história, que aquece as águas do Pacífico. Isto porque sua intensidade recorde é resultado das mudanças climáticas.

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