• 20 de maio, 2024 09:35

Trabalhador precisa ter seus direitos garantidos e sindicatos fortes

ByTarso Araújo

set 22, 2023

A luta do trabalhador brasileiro tem sido pela recuperação de seus direitos retirados pela reforma trabalhista de 2017, além de reposição das perdas salariais, retorno de empregos e uma política de reindustrialização que possa efetivar em nosso país empregos duradouros. Por conta dessa situação nesta semana tivemos o encontro de Lula e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, debatendo emprego, uma agenda pró-sindicatos e melhorias econômicas para os dois países.

Acordo entre Lula e Biden é para fortalecer direitos dos trabalhadores

O acordo feito entre o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano Joe Biden é a demonstração de que vivemos um momento claro do Brasil e no mundo. Nos últimos 20 anos centenas de países mundo afora precarizaram a situação dos trabalhadores. Foram centenas de reformas trabalhistas apenas para retirar direitos dos trabalhadores.
No Brasil, o trabalhador não pode esquecer quando Michel Temer, presidente golpista, em 2017 fez a tal reforma trabalhista retirando dezenas de direitos do trabalhador brasileiro. Ao mesmo tempo, a implementação da política neoliberal dos governos Temer e Bolsonaro aprofundaram o desemprego, a uberização e precarização do trabalho em nosso país, fazendo cair nossa renda e o desemprego aumentar substancialmente.

Brasil e Estados Unidos estão muito parecidos nesse campo do trabalho. Aqui pelo menos temos ainda algumas leis. Já nos Estados Unidos a situação do trabalhador é pior do que aqui em nossa terra. As leis não protegem em nada o trabalhador que não tem FGTS, licença maternidade, e negocia direto com o empregador suas férias e licenças médicas, o que dá no máximo 15 dias por ano. O salário é maior, mas atualmente há um aumento do desemprego e o movimento sindical devido aos baixos salários hoje sacode os Estados Unidos com uma onda de greves em várias categorias profissionais espalhadas por todo país, mostrando um ressurgimento do movimento sindical após sua criminalização.

No Brasil a luta dos trabalhadores, trabalhadoras e entidades sindicais é por reforçar o papel das entidades sindicais e suprimir itens da reforma trabalhista. Outra luta, é conseguir a reposição das perdas salariais, seja para quem ganha salário mínimo, seja nas categorias profissionais. O salário no Brasil é baixo e não tem nada a ver com os direitos trabalhistas, mas com políticas salariais escorchantes, e o apoio de governos e políticos neoliberais que pretendem e querem vez por outra, ou quando tem oportunidade retirar direitos trabalhistas e ampliar a exploração do trabalho e os lucros empresariais.

A extrema-direita no Brasil e no mundo é a grande depositaria da luta contra os sindicatos, contra os direitos dos trabalhadores. Para essa turma, o que vale é explorar, desempregar e retirar qualquer direito. E, de quebra, destruir políticas públicas que deem direitos aos mais pobres. O discurso de Bolsonaro e seus parlamentares é exatamente esse. Tem que escolher entre direitos e emprego, diziam. No Brasil, os trabalhadores ficaram sem emprego e sem direitos. Milhões foram precarizados e trabalham em aplicativos sem direito algum.

Pode até ser que muitos trabalhadores tenham sidos seduzidos por esse discurso bolsonarista e extremista no Brasil, nos Estados Unidos e na Espanha, mas o resultado é estatístico e claro. Os trabalhadores saíram perdendo, os países hoje ampliaram suas crises econômicas. O que Lula e Biden, por incrível que pareça debateram foram saídas para essa crise e um freio na retirada de direitos, já que os dois líderes defenderam o trabalho decente com melhores salários e oportunidade para todos.

“Nós estamos trabalhando diretamente com o nosso compromisso de proteção dos direitos trabalhistas, de promessa do trabalho digno nos investimentos públicos e privados, no combate à discriminação no local de trabalho, numa abordagem centrada nos trabalhadores da transição para energia limpa e o uso da tecnologia”, afirmou o presidente brasileiro.

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