Dizem que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo. Nos últimos anos e décadas tentou se construir no Brasil um sentimento de erro ao roubar, de combater o politicamente incorreto, e a coisa foi andando.
Com a abertura dos portões do fascismo, com a tentativa de destruição da política no Brasil. Com a proliferação das redes sociais impulsionando conteúdos reacionários e totalitários, começou a proliferar aquele cidadão fascista, com cara e discurso do tal “cidadão de bem” , mas que no fundo era apenas mais um propagador do discurso de ódio e violência.
Assim, o bolsonarismo fez e cresceu. Venceu Bolsonaro as eleições de 2018 com um mar de discurso de ódio, racismo, preconceito, mentiras deslavadas, e deu no que deu.
Estamos hoje em um Pais que o discurso mais legal é o estudante do fundão da sala de aula , do malandro que quer levar vantagem em tudo e que se perder algo ou uma eleição, por exemplo, a culpa é do TSE, do STF, dos comunistas, do Papa, de qualquer pessoa, menos do próprio incompetente.
O tal “abolimos o politicamente correto” com a iminente derrota de Bolsonaro precisa ser corrigido. Os escrotos que voltem para seus esgotos e o politicamente correto é politicamente correto.
O militante bolsonarista e, portanto, o porta voz desse comportamento errático, de gente que mesmo tendo nível superior, e dinheiro aparenta e tem um discurso chulo, de baixo calão, sem consistência e muito reacionário.
Um discurso copiado, que parece ser dito por quem não tem muito conhecimento, mas sabe decorado alguns chavões tipo vai para Cuba, comunista, globalista e outras expressões que comprovam a falta de conhecimento e argumento.
O bolsonarismo começa a ser visto agora pela sociedade como ele realmente é: um estorvo. Um punhado de gente autoritária, que quer impor seu estilho de vida. Que tem planos nefastos para o futuro do Brasil e dos brasileiros. Gente racista, homofóbica, preconceituosa, que odeia mulheres, trabalhadores, negros, pobres, e se revolta com gente da academia e artistas, principalmente.
O bolsonarismo é a síntese do discurso fascista e nazista, das palavras de ódio, daquele que quer vencer a guerra e a eleição na trapaça, no grito, usando a força e a violência.
O momento atual é para uma profunda reflexão. A de que está na hora de arrancar da nossa convivência a teoria de levar vantagem em tudo. De aceitarmos a todos nós como povo, nossas cores, saberes, nossas religiões, sem preconceitos, sem racismo e sem exclusão.
O bolsonarismo vai ficar. Não será destruído e nem tem como. Vai deixar profundas marcas em alguns ressentidos. Mas precisamos, nós, como povo brasileiro avançarmos para uma cultura civilizatória.
Não podemos repetir o feito do blogueiro bolsonarista que mora em Londres e foi ao evento do presidente para xingar jornalistas. O mesmo que admitiu em seu canal ter falsificado documentos para ir morar na Inglaterra. Temos que ter cuidado par ao brasileiro não ser confundido com um bolsonarista.
Afinal ninguém aguenta mais gente autoritária e mal educada, que se acha superior querendo destruir nosso país.
