• 19 de maio, 2024 15:49

Anistia a Bolsonaro: o soluço da bandidagem

ByDudu Correia

set 23, 2022

Primeiro foi Willian Waack a propor à Lula uma anistia aos crimes de Bolsonaro, usando a artimanha de “pacificar o Brasil”, o mais novo adagio golpista. A proposta escatológica foi feita pelo jornalista demitido da Globo por racismo, entrevistando Lula, como âncora da CNN, na última segunda-feira, 12. Na última terça-feira, 20, foi a vez do golpista parasita Michel Temer, preso pelo Supremo Tribunal Federal por ladroagem e solto pelo Supremo Tribunal Federal por negligência jurídica, defender a tese da anistia ao inominável, utilizando a mesma tese dos ratos da república: “pacificar o Brasil”. Essa esparrela da bandidagem oficialesca brasileira aconteceu durante o evento “E agora, Brasil?”, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

A tese da anistia aos párias da história dos porões da pilantragem da política nacional é uma exumação. Esse cadáver putrefato da seboseira politiqueira anda provocando pavor desde que apareceu publicamente pela última durante a convocação da constituinte, em 1988. Com a Ditadura Militar pressionada por todos os lados, incluindo o povo na rua, a abertura política foi inevitável. O golpe militar de 64 também usou a mesma tese bandida de pacificar o Brasil, contra o “furor comunista”. Tendo em vista a possibilidade de um acerto de contas impiedoso, com todos aqueles que saíram dos seus armários e se lambuzaram na lama do nazifascismo militaresco, que fechou o regime e deixou o bem público para ser saqueado em coletividade pelos que financiaram o golpe, os mesmos “homens de bem” de sempre, bem como sempre em nome de Deus, a tese da anistia surge sem nenhuma vergonha.

Os militares golpistas roubaram, assassinaram, perseguiram, destruíram milhares de família, cultivaram a dor, o sofrimento, o medo, esculhambaram o poder judiciário, fecharam o legislativo sob a mirabolante política biônica em que canalhas foram apontados para serem canalhas oficiais oficializando a canalhice como código de ética, e mesmo assim houve a pressão da eminência parda e a tese da anistia surgiu como sendo sinônimo de “grandiosidade” moral. A patifaria era a mesma: “pacificar o Brasil”. Nas duas ocasiões da história recente da infâmia da sociedade brasileira em que esse sorrateiro recurso retórico de que é preciso acabar com o discurso do ódio, só tem um lado. O lado do nazifascismo que garante a manutenção da estrutura de dominação do país por uma minoria, em detrimento da dor e do sofrimento do povo.

Segundo o atual presidente vagabundo o povo é pobre por vontade própria, pois se recusa a aprender uma profissão, justamente ele que não trabalha e não tem profissão nenhuma, mas é milionário. Anistiar um elemento que já atacou descaradamente o povo brasileiro, sempre na intenção de humilhar, de ultrajar, de aniquilar a dignidade, no que pese todo o envolvimento com coisas extremamente graves, como o genocídio planejado em toda a sabotagem às estratégias de combate à pandemia, bem como todas as coincidências estranhas que cercam o clã da teocracia brasileira no assassinato de Marielle Franco e seu assessor Anderson Gomes, situação ainda a ser esclarecida pela PF, além de todas as falcatruas do governo teocrático que estão explodindo a menos de 10 dias das eleições de 2022. Os rastros da obsessão em ser um ditador sanguinário, que manda torturar e eliminar a oposição comunista, além dos ataques rotineiros às instituições democráticas formam a cobertura desse bolo dantesco.

William Waack e Michel Temer não estão sozinhos, apenas se apresentam como embaixadores da canalhice das elites donas do capital. Ter grandeza e dignidade é completamente o oposto a anistia de criminosos oficiais, chancelados pelos segmentos que bancam essa vendeta espúria do poder público brasileiro. O discurso golpista é facilmente desmascarado, pois nunca houve ali o cuidado em disfarçar a bandidagem. A teoria da anistia para “pacificar o Brasil”, antes de qualquer cretinice aloprada, reconhece publicamente que o golpe contra Dilma Rouseff empurrou goela abaixo do povo brasileiro um bandido, um pária mentiroso, astuto e cheio de certeza absoluta da impunidade. Toda essa pecha de descaramento em pedir anistia é mais uma tentativa de manter intocável a estrutura que permite essas aberrações da indignidade que toma conta desse país, desde sua invenção. É preciso estar atento e forte.

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