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Lula em Curitiba: O povo e um metalúrgico vão consertar o país, e a sociedade vai participar

ByDudu Correia

set 18, 2022

 

Depois de passar 580 dias preso ilegalmente entre 2018 e 2019, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a Curitiba neste sábado, 17-09.

Desta vez para capitanear o ato Todos Juntos Pelo Paraná, onde discursou para milhares de pessoas na Avenida Luiz Xavier, popularmente conhecida como Boca Maldita.

Em seu discurso, Lula contou que disse a Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT e deputada federal pelo Paraná,  que fez questão de estar em Curitiba para fazer um contraponto à fama de bolsonarista da cidade.

Ele apontou os incontáveis retrocessos que o Brasil sofreu desde o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, entre os quais a volta ao Mapa da Fome das Nações Unidas (ONU).

“A fome é feia e eu já passei fome. Fui comer pão pela primeira vez com sete anos de idade. Não é possível, no século 21, a gente ter criança que vai dormir sem comer um pãozinho, sem ter um copo de leite, sem ter um chocolate, sem ter alguma coisa para comer”, relembrou.

“Foi no governo da presidenta Dilma que a ONU anunciou: o Brasil saiu do Mapa da Fome. Ou seja, o Brasil estava virando um país extraordinário. Não tem explicação, não tem explicação para a nossa pobreza. Esse país é o terceiro produtor de alimento do mundo, é o primeiro produtor de proteína animal do mundo. Então, eu quero voltar para dizer para eles que, outra vez, o PT e um metalúrgico, junto com o povo, vão consertar esse país”, afirmou.

No seu discurso, Lula se mostrou também indignado com descaso do atual governo com a educação.

“Ontem eu vi a publicação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Meu Deus do céu! As crianças estão menos sabidas do que estavam ontem, as crianças não estão aprendendo mais. Então nós vamos ter a responsabilidade de recuperar este país porque todo mundo sabe que esse tal de Bolsonaro não entende nada de educação, de emprego, de sindicato, de enfermagem, não entende absolutamente nada a não ser de ‘fake news’ e mentir para sociedade brasileira, como ele faz todo santo dia”, observou.

Lula disse também que, nos governos dele e de Dilma Rousseff, foi provado que as pessoas podiam ter o sonho de estudar e que o Nordeste não nasceu para ser miserável.

“Nós fizemos a transposição do São Francisco que D. Pedro tentou fazer, em 1846, e uma parte da elite brasileira não deixava ele fazer. E nós fizemos para levar água para 12 milhões de pessoas que moram no semiárido. Porque a seca é um fenômeno da natureza, a fome causada pela seca é um fenômeno da falta de vergonha na cara de quem governa o país”.

Lula reforçou o compromisso de, se ganhar as eleições, envolver a sociedade nas decisões de governo, como foi feito nas gestões anteriores do PT.

“A gente quer estabelecer uma nova relação com a sociedade. Nós não somos donos do país. A gente ganha as eleições, a gente não é dono, a gente é uma espécie de síndico. Nós vamos voltar a fazer as conferências nacionais para que vocês decidam as políticas públicas, qual é a política boa de educação, qual é a política boa de saúde, qual é a política boa de segurança, qual é a política de cultura. É vocês que decidem, não sou eu”.

Lula lembrou dos avanços dos governos petistas no Brasil, mencionou os retrocessos e o compromisso de reconstrução, a partir de investimento em infraestrutura, para gerar emprego e renda, moradia, educação, saúde, sempre com inclusão social. O compromisso é cuidar do Brasil com atenção especial para os que mais precisam.

“Eu queria fazer um desafio para vocês. Vamos reconstruir esse nosso país. Ele é nosso, ele é de cada um de nós, ele é, inclusive, daqueles que vocês ainda vão colocar no mundo, que ainda não nasceram”, disse, defendendo ser preciso plantar o futuro.

Roberto Requião, candidato ao governo do Paraná pelo PT, também discursou.

Disse que voltou para as trincheiras da luta pela democracia porque a operação Lava-Jato e parte da imprensa iludiu os bolsonaristas ao tentar criminalizar injustamente Lula, “um patriota brasileiro”. Por isso, argumentou, a volta do ex-presidente ao Palácio do Planalto é fundamental.

“Lula é indispensável e eu estou aqui pelo mesmo motivo que vocês. Vim para este palanque como candidato a governador do estado, mas como o principal cabo eleitoral de Lula no Paraná. Nós precisamos de um presidente da República com identidade com o povo e capaz de solidariedade”, disse.

Da Redação, com informações do @LulaOficial

Publicado no site Viomundo

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