• 19 de maio, 2024 15:48

O papel das Forças Armadas no processo eleitoral. Por Acrísio Sena

ByTarso Araújo

maio 8, 2022

Recentemente, Bolsonaro declarou que as Forças Armadas deveriam fazer uma contagem paralela dos votos nas eleições. A fala do presidente é coerente com seu desrespeito às instituições democráticas de forma geral e ao processo eleitoral em particular.

É mais uma demonstração clara da tentativa de interferir nas eleições e deve servir de alerta sobre o papel dos militares no pleito. As Forças Armadas são instituições nacionais permanentes e regulares do Estado brasileiro, ou seja, não estão à serviço de interesses ou grupos políticos de plantão e devem seguir os preceitos constitucionais.

Nessa linha, o inciso XIV do art. 23 da Lei nº 4737/65 (Código Eleitoral) deixa claro que a requisição da força federal visa assegurar a plenitude do processo eleitoral, possibilitando o exercício livre do voto aos eleitores, a condições para o exercício da campanha eleitoral aos candidatos e cobertura do processo pela imprensa.

Não há qualquer menção à participação de militares na apuração direta dos votos. Tais movimentos servem, na verdade, para tumultuar o jogo democrático e envolver, ainda mais, alguns grupos de militares nas tramas bolsonaristas. Isso exige uma vigilância permanente por parte do Ministério Público Federal, STF e Congresso Nacional. Lutamos sempre pela democracia e não vamos aceitar manobras golpistas!

POr Acrísio Sena
Deputado estadual (PT-CE)

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