• 19 de maio, 2024 22:56

Janeiro foi o mês que Covid matou mais crianças no Brasil

ByDudu Correia

fev 19, 2022
Vacinação de crianças contra a covid-19 na UBS 5 de Taguatinga Sul
Vacinação de crianças contra a covid-19 na UBS 5 de Taguatinga Sul

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Estudo do grupo Info Tracker, sistema organizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP) para monitoramento da Covid-19, mostra que janeiro foi o mês mais letal da pandemia para crianças com mais de um ano. Ao longo dos primeiros 31 dias de 2022, 71 crianças de 1 a 11 anos perderam a vida por conta da infecção, o maior número de toda a pandemia para esse grupo, segundo informações do jornal O Globo.

Apesar de o Brasil contar com a vacina da Pfizer para crianças a partir dos cinco anos e com a Coronavac para os pequenos com pelo menos seis anos, levantamento do consórcio dos veículos de imprensa mostra que somente 32,5% das crianças de 5 a 11 anos receberam até o momento a primeira dose de algum dos dois imunizantes.

“No caso dos bebês – de 0 a 11 meses – a contagem foi de 52 mortes em todo o país, número que fica atrás, apenas, de março e abril do ano passado, com 86 e 57 registros, respectivamente. Ao todo, neste mês de janeiro, 123 crianças e bebês entre 0 e 11 anos morreram por Covid-19, um número inferior, somente, a maio de 2020, com 141 meninos e meninas vitimados pelo coronavírus”, explica o veículo.

O estudo – que leva em conta a base do Ministério da Saúde que reúne todos os registros de casos de Síndromes Respiratórias, o Sivep – também estende a lupa sobre os óbitos suspeitos da infecção. Essas mortes foram causadas por alguma Síndrome Respiratória Aguda Grave – um dos desdobramentos da contaminação pelo coronavírus. Segundo O Globo, neste critério, os números são ainda maiores, totalizando 231 mortes, 141% a mais que o mês anterior.

Considerando todo o levantamento realizado pelo Info Tracker, 1.528 crianças nesta faixa etária de 0 a 11 anos morreram em decorrência da Covid-19 desde março de 2020. “O que chama mais atenção é que considerando todas as faixas etárias, com idade de 1 a 11 anos, estamos no pico maior do que qualquer outro (momento da pandemia). Podemos observar três picos, maio de 2020, março de 2021 e agora. E neste momento estamos no maior”, disse ao Globo Marilaine Colnago, especialista em matemática, na USP, e uma das coordenadoras do grupo.

Publicado no Portal Vermelho

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