Foto: Divulgação/PDT
O ex-governador do Ceará e presidenciável Ciro Gomes afirmou em entrevista ao Globo que não irá apoiar Lula caso o petista vá ao segundo turno das eleições contra o fascista Jair Bolsonaro.
Se tivéssemos em uma situação de normalidade, com candidaturas disputando de forma democrática a presidência da 12ª maior economia do mundo, talvez Ciro passasse batido.
Mas, não apoiar Lula ou qualquer outro democrata contra um presidente fascista que sabota a vacinação dos brasileiros e gerou fome e miséria do povo, então, Ciro é um caso perdido.
Aliás, Ciro nunca foi de esquerda ou centro-esquerda e nunca foi um sincero aliado de Lula e do Partido dos Trabalhadores.
A declaração dele é uma ducha fria e congelada no PT que no Ceará acabou de aprovar uma resolução em seu diretório para permanecer com aliança com o PDT de Ciro Gomes.
Mas a declaração de Ciro não deixa ninguém surpreso nem nos surpreende. Ciro já faz declaração reacionárias há certo tempo e muita gente de esquerda que votou nele em 2018 já abandonou o barco.
Como vem abandonando o barco da candidatura de Ciro muita gente do PDT que é de esquerda, centro-esquerda ou trabalhista. Os trabalhistas do PDT devem estar horrorizados com essa declaração.
Ao dizer o que disse Ciro confirma que prefere um fascista no comando da nossa nação.
Aqui no Ceará ninguém está surpreso com esse declaração.
Leia matéria sobre o tema publicada no site Brasil 247:
O pré-candidato Ciro Gomes, do PDT, disse, em entrevista às jornalistas Camila Zarur e Jussara Soares, no Globo, que não irá votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso se repita em 2022 o cenário de segundo turno entre PT e Jair Bolsonaro. “Remember 2018”, disse Ciro. Naquele ano, Ciro Gomes viajou a Paris e se negou a apoiar Fernando Haddad, contra Jair Bolsonaro.
Na entrevista, Ciro Gomes criticou a capacidade de Lula de formar alianças. “Você imagina, agora, o Lula está fazendo a proeza de juntar o (Guilherme) Boulos e o (Geraldo) Alckmin em São Paulo. Daí só pode sair crise”, afirmou. No mesmo depoimento, reconheceu sua dificuldade em atrair aliados. “Eu sou uma pessoa vetada pelo quadro conservador brasileiro, e não é pelos meus defeitos.”
Ciro disse que conversa com Marina Silva, da Rede, mas reconheceu que o partido tem uma ala favorável a Lula. “Eu e Marina (Silva) temos conversado. Mas lá dentro (da Rede) há outra tensão grave. A Rede, que não queria nem ouvir falar do Lula, agora está dividida”, pontuou.
Sobre políticos do PDT que querem apoiar Lula, como Weverton Rocha, que disputará o governo do Maranhão, Ciro culpou um suposto ‘gabinete do ódio’ petista. “Faz parte da estratégia de bastidor do gabinete de ódio do Lula fazer isso. Ele opera dentro de todos os partidos sem nenhum tipo de escrúpulo para causar esse tipo de psicologia”, afirmou. Ciro também disse ainda que parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro serão expulsos. “Vão ter que sair do partido. O partido não aceita bolsonarista aqui dentro, ponto final”, afirmou.