Há exatos 38 anos, em janeiro de 1984, em Cascavel, no interior do estado do Paraná, nascia um dos maiores movimentos populares do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na ocasião, foi realizado o 1º Encontro Nacional do MST.
No ano seguinte, durante o 1º Congresso Nacional do MST, os integrantes da classe trabalhadora camponesa definiram o que ficaria conhecido como a sua principal estratégia de ação política nos anos seguintes: a ocupação popular de terras improdutivas para Reforma Agrária.
Em entrevista ao programa Central do Brasil, a militante Izabel Grein resgatou a história do movimento e as principais lutas travadas em 38 anos do MST. Segundo ela, o MST é reconhecido pela coerência com os princípios definidos em seu surgimento.
“O movimento nasce da experiência da força coletiva. Eu acho que essa é uma primeira questão que a gente aprende no movimento: a clareza e a coerência com os objetivos e os princípios organizativos que esse movimento se pautou lá no início”, afirma.
“O princípio da necessidade da luta pela terra, da organização coletiva, da necessidade da Reforma Agrária e da transformação da sociedade para poder fazer uma verdadeira distribuição de terra no país. Não só uma distribuição, mas uma nova forma de olhar a questão da terra na sociedade”, diz Grein.
Atualmente, o MST é composto por 450 mil famílias assentadas e cerca de 90 mil famílias acampadas, organizadas em 24 estados brasileiros. Essas famílias estão organizadas por meio da agricultura familiar camponesa atuando em 1,9 mil associações comunitárias, 160 cooperativas e 120 agroindústrias, produzindo alimentos saudáveis para o campo e a cidade.
fonte: no site Brasil 247