• 20 de maio, 2024 02:19

Ceará cria versão da Internacional comunista em ritmo de embolada

ByTarso Araújo

jan 21, 2022

Conhecida como hino dos comunistas do mundo inteiro, a Internacional escrita em 1871, para uma coletânea de poemas do poeta  Eugéne Pottier, sobrevivente da Comuna de Paris e musicada em 1888, pelo operário, Pierre Degeyter, que deu-lhe  a versão definitiva. No Cariri cearense, o multiartista Hamurábi Batista cria uma versão em ritmo bem nordestino, a embolada.

A versão cearense será lançada no dia 30 de janeiro, em plataforma virtual, no canal do Coletivo Camaradas, no YouTube e durante roda de poesia na Comunidade do Gesso, no Crato, às 17h.

O videoclipe de lançamento é ambientado na Comunidade do Gesso, localidade que nos últimos anos vem ganhando notoriedade pelas ações de organização popular que tem contribuído para o desenvolvimento territorial a partir da cultura de base comunitária e a luta pelo direito à cidade.

O trabalho faz parte do projeto “Da Ponte pra Cá tem o Território Criativo do Gesso” que é realização do Coletivo Camaradas em parceria com Pontes Criatividades e o Rapper Dextape, uma das vozes do Hip Hop, na região do Cariri. O objetivo do projeto é evidenciar e potencializar artistas, território e propor experimentações em audiovisual.

 

Hamurábi Batista é um artista engajado 

Hamurábi Bezerra Batista nasceu em 1971, na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. Filho do cordelista e xilógrafo Abraão Batista e pai da escritora Jarid Arraes.

Xilogravador e cordelista desde 1991. Participa das feiras, salões e bienais do livro nas regiões Nordeste, Norte, Centro-oeste e Sudeste, também realizando oficinas de xilogravura e cordel, além de apresentações de emboladas das suas poesias.

Suas xilogravuras vão da Via Sacra ao Kama Sutra, inúmeras matrizes no decorrer dos seus trinta anos de carreira, mais de duzentos e cinquenta folhetos onde aborda a cultura popular, personagens e fatos da história. Além disso, procura abolir de sua obra as palavras e expressões estimuladoras do machismo, da misoginia, do preconceito, do racismo, e da homofobia. Na sua obra busca evidenciar a defesa da igualdade social, fraternidade e a recuperação do meio ambiente.

Poeta engajado tem uma série de cordéis onde retrata personagens políticos de esquerda brasileira, ditadura militar e diversas questões sociais.

Essa atividade faz parte do projeto Território Criativo do Gesso aprovado no edital de Prêmio Fomento Cultura e Arte do Estado do Ceará, da SECULT/CE, através da Lei Aldir Blanc.

A Internacional no Brasil

Assim como em Portugal, não há uma data exata da chegada da Internacional em terras brasileiras. Contudo, sabe-se que seu canto foi amplamente difundido na grande Greve Geral promovida por anarco-sindicalistas na cidade de São Paulo no ano de ‘1917.

É certo, todavia, que o hino dos trabalhadores aportou em terras tupiniquins junto com trabalhadores imigrantes alemães, portugueses, espanhóis e italianos.

A música é usada como canção oficial do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Comunista Revolucionário.

No Brasil, A Internacional foi gravada pela banda paulista de punk rock Garotos Podres no álbum Garotzil de Podrezepam, lançado em 2003, utilizando a tradução utilizada em Portugal. O ex-vocalista da banda, Mao, é doutor em História e estudioso dos escritos de Karl Marx. (Wikipédia)

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