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Bolsonaro come o próprio pão que amassou. Por Marcos Leonel

ByTarso Araújo

jan 21, 2022

FALA LEONEL

POR MARCOS LEONEL

Bolsonaro come o próprio pão que amassou

O demoníaco em Bolsonaro é a tradução mais nítida da práxis destruidora da humanidade, também traduzida por gente ruim, por perversidade obsessiva, ou na expressão mais profana do maniqueísmo secular entre o céu e o inferno, utilizada nas regiões do sertão nordestino: alma sebosa. Alta periculosidade tóxica. Por incrível que pareça a sonoridade pejorativa de alma sebosa é salutar, uma vez que se identifica de imediato a presença mais nociva. A capacidade de contaminação de Bolsonaro é tão excessiva que ele amassa o próprio pão, sem precisar do diabo de ninguém.  Não importa a incompetência ou o desastroso, o presidente vagabundo quando trama ele destila sua peçonha com a incrível capacidade de tornar o descarte a saliva da traição.

Os ex-ministros da chamada “ala radical”, um eufemismo criado pela mídia corporativa para “ala nazista”, estão sentindo na pele o que é ser descartado por uma alma sebosa. Mesmo eles trazendo a marca da decadência humana, não há sentimentalismo animalesco que não sinta uma cacetada desse tipo. Abraham Weintraub (Educação), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente) lamentaram profundamente terem sido trocados pelo Centrão. Foi num programa de youtube: Conserva Talk, de cunho nazista de extrema direita, que eles reclamaram entre eles. Estavam presentes na mesma gosma peçonhas como Silas Malafaia. Todos querem se candidatar a qualquer cargo entre governador e senador, todos desgastados, com a polícia na porta, nenhum tem capital político para nada. Agora sabem que foram traídos, usados, descartados. O Centrão tem a pauta, tem o dinheiro, não são conservadores e nem leais, usarão o chefe, descartarão o chefe na primeira esquina.

Paulo Guedes esteve com eles na famosa reunião de 22 de abril de 2020, em que houve granada no bolso, boiada passando e Moro arquitetando ser ministro do Supremo Tribunal. Paulo Guedes é o próximo a ser jogado fora, depois de usado e abusado. Para além da crise política com ex-capachos, Bolsonaro agora culpa o ministro que tem contas em paraísos fiscais de não dar suporte à sua manobra golpista de espalhar o terror nas eleições com as polícias que ele quer como suas. Conseguiram até mais de um bilhão para dar o aumento, mas outras classes de funcionários públicos querem o mesmo, todos eles traídos pelo presidente, que os preteriu em detrimento do povo armado. Em pleno ano eleitoral Bolsonaro tem 90% do funcionalismo público contra ele, uma trapalhada cretina de muito amadorismo espúrio. Moro é aquele pacote suspeito que ninguém quer, mas que vai chegar uma hora ele vai se abrir. E quando um arquivo vivo faz isso, a confusão é grande, são muitas conversas a meia boca, são muitos encontros não agendados.

O gabinete do ódio está implodindo, só mesmo os filhos permanecem como fiéis sabugos. Muitos estão abandonados à própria sorte, alguns presos, outros procurados, todos desgastados e sem a mesma força. Foram flagrados em negociatas de compra de um programa espião, usado por ditaduras militares de republiquetas, desenvolvido pela empresa Darkmatter para invadir sistemas digitais de qualquer tipo e de qualquer pessoa. A tecnologia de espionagem foi desenvolvida por ex-agentes da CIA americana e militares de inteligência, além de ex-programadores da Unidade 8200, força de hackers de elite vinculada ao exército de Israel. O gabinete do ódio quer monitorar e espionar a oposição para tocar o terror com perseguições e difamações a partir de dados sabotados. O PSOl já protocolou no Ministério Público um pedido de investigação imediata, o que não acontecerá, mas a exposição do tema provocou mais desgaste ainda naquilo que já estava desgastado. A narrativa de arapongagem miliciana veio ao público ao mesmo tempo em que Queiroz, o chefe das rachadinhas do clã Bolsonaro, que está solto, anunciou que vai se candidatar a deputado federal pelo Rio e pretende ser apoiado pelo bando.

Uma prévia do que pode se tornar esse barril de pólvora com todos esses doidos abandonados fumando em cima foi dada por Weintraub, durante entrevista dele ao podcast Inteligência Ltda. No dia 16 de janeiro de 2022. Ele disse: “Eu vou contar então uma coisa aqui que eu acho que nunca contei em público. Estava no governo de transição, estamos falando em novembro, fui chamado para uma sala com pouca gente. Estavam eu, o Onyx [Lorenzoni], o Santos Cruz. Santos Cruz, que brigou com o presidente, pode confirmar isso que estou falando para ti. O Jorge [Oliveira], o [Gustavo] Bebbiano, tinha mais gente”, continuando: “Tinham alguns futuros ministros. [Jair Bolsonaro] Falou: ‘Chamei pelo seguinte: apareceu uma acusação. Está pegando esse cara aqui e apontou para o Flávio. O governo não tem nada a ver com ele. Se ele cometeu alguma coisa errada, ele que vai pagar por isso. Eu pensei: ‘Putz, eu vim para o lugar certo. Era isso que eu queria escutar’”. Isso comprova que Bolsonaro teve acesso antecipado sobre a investigação. Isso é uma confissão e um recado.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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