• 18 de maio, 2024 06:36

Os Beatles estão de volta em “Get Beck”

ByTarso Araújo

nov 28, 2021

Os Beatles no famoso show no topo do prédio da Apple Corps, em Londres, em janeiro de 1969 l Foto: Apple Corps Ltd

Há quem acredite que o que um dia foi raridade hoje pode facilmente ser encontrado na internet. Peter Jackson, no entanto, destoa desse conceito ao editar e lançar materiais únicos de uma banda e de músicos igualmente únicos: os Beatles.

O diretor neozelandês, famoso por colecionar Oscars com a trilogia O Senhor dos Anéis, debruçou-se em 56 horas de filmagens nunca antes vistas – e mais de 150 horas de áudios – gravadas pelo cineasta Michael Lindsay-Hoggs em meio às composições dos álbuns Abbey Road e Let It Be, em janeiro de 1969, em Londres.

O resultado é o documentário “Get Back”, dividido em seis horas e que foi lançado nesta quinta-feira (25), e continua na sexta-feira (26) e no sábado (27), no serviço de streaming Disney+.

Jackson classificou como “alucinante” explorar e descobrir o ambiente da banda inglesa pouco antes da dissolução definitiva, ainda em 1969. As imagens da última apresentação do grupo, no topo do prédio da gravadora Apple, também em Londres, foram retrabalhadas digitalmente em resolução 4K, dando uma aparência moderna a cenas de quase 53 anos, gravadas em 16mm.

A ideia de Jackson é mostrar um quarteto longe dos históricos relatos de desacordos e brigas que remetem à época final dos Beatles. “Espero que isso coloque um sorriso no rosto de cada um que assistir”, diz o diretor.

Já em 2020, um teaser postado por Jackson apresentava os músicos brincando no estúdio, no que parece ser uma grande reunião entre familiares, amigos e crianças.

Yoko Ono e John Lennon se abraçam e se beijam, Ringo Starr banca o palhaço, e Paul McCartney faz piruetas. Até mesmo George Harrison exibe um sorriso. Entre as brincadeiras, eles ensaiam.

Os Beatles estavam prestes a acabar

Ainda que as imagens e a intenção de Jackson exibam beatles muito bem-humorados e aparentemente tranquilos, o fim da banda estava, de fato, prestes a acontecer.

A conexão exacerbada entre John e Yoko, sempre ao lado do marido no estúdio, seria um incômodo para o resto da banda.

Harrison estaria sentindo-se frustrado, sem a mínima vontade de permanecer ao lado dos então companheiros de grupo.

E haveria também uma clara divisão a respeito do empresário Allen Klein, cuja contratação era um equívoco para Paul.

Esses fatores, de acordo com muitos fãs, teriam contribuído para a separação da banda.

Durante a produção do White Album, um ano antes, em 1968, era raro que os quatro frequentassem o estúdio ao mesmo tempo durante as gravações. O mesmo ocorreu em Let It Be, que foi lançado depois que os Beatles já haviam se separado.

fonte: no Portal Vermelho

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