Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO
EDITORIAL
SECRETÁRIOS DE SAÚDE CONTRÁRIOS AO CARNAVAL
Estamos no segundo ano da pandemia do novo coronavírus e uma das impressões que temos é que a atuação das autoridades, principalmente, o governo Jair Bolsonaro foi no mínimo de omissão nessa pandemia que resulta até agora em mais de 620 mil mortes pela Covid-19.
A outra impressão é que as outras autoridades, como governadores e prefeitos que tentaram trabalhar de forma correta terminaram por agir de forma bem diferenciadas, confundindo a população.
Um ponto positivo é que uma parte da sociedade brasileira ainda luta pela vacinação, a maioria acredita de forma correta que se vacinar é fundamental e desaprova o governo nesse quesito.
Nos últimos dias secretários de saúde e autoridades do Brasil começaram se pronunciar sobre o Carnaval 2022.
O governador cearense Camilo Santana (PT) externou em suas redes sociais não ser favorável a realização do Carnaval. O governador da Bahia Rui Costa (PT) também exprimiu opinião parecida e alertou que anda estamos na pandemia e tem pessoas morrendo.
Um alerta forte veio dos secretários estaduais de Saúde que são unânimes na reprovação à realização do Carnaval em 2022.
A afirmação é de Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e titular da pasta no Maranhão.
A ideia desses secretários é que com o Carnaval e as milhares de aglomerações que se darão Brasil afora possa ocorrer novos picos de infecção e pode até atingir e superlotar unidades de saúde. Esse é o perigo.
Nesse sentido, muitas cidades no interior de são Paulo e outros estados já estão cancelando o Carnaval 2002.
Algumas capitais ainda não confirmaram a realização do Carnaval. Fica o alerta para a população.