• 18 de maio, 2024 07:48

Bastidores do PT no Ceará fervem e partido está dividido quanto aos caminhos em 2022

ByTarso Araújo

nov 26, 2021

As lideranças políticas do PT no Ceará não devem entrar em consenso para o ano de 2022 tão cedo. Uma das cisões mais importantes é se o partido sai na cabeça da chapa majoritária ou se apoia a candidatura do PDT de Ciro Gomes. Essa decisão racha o partido e cria um ambiente de muitas articulações nos bastidores e indefinições.

As divergências internas do PT no Ceará e as eleições de 2022

 Por Tarso Araújo editor do Leia Sempre

As divergências internas no Partido dos Trabalhadores no Ceará, no tocante à sucessão estadual do ano que vem existem e as pendengas políticas entre dirigentes e correntes internas do partido não estão resolvidas.

A principal divergência é com relação aos caminhos que o partido deve trilhar: se sai na cabeça de chapa, se apoia a coligação com o PDT ou se fecha com o MDB de Eunício Oliveira.

As alternativas existem, tem dirigentes que defendem essas posições, mas a decisão deve mesmo ficar para o ano que vem.

Enquanto isso, os bastidores internos do PT fervem. Nas última semanas, o deputado federal José Airton Cirilo com apoio de Luizanne Lins vem subindo o tom, articulando internamente um extenso grupo político para defender a necessidade do PT ter uma candidatura própria e um palanque único e fiel a Lula.

Essa articulação vem tomando corpo, José Airton Cirilo vem visitando vários dirigentes partidários, cidades e diretórios com essa proposta que tem a simpatia de uma parcela do partido, já que muitos militantes e dirigentes do PT, inclusive no Ceará já veem com desconfiança o PDT, e, principalmente Ciro Gomes, o presidenciável que tem com discurso principal o ataque ao PT, a dirigentes do partido e ao próprio Lula.

A verdade é que setores expressivos do PT, inclusive no âmbito nacional tem já sentido dificuldades em se articular com o PDT de Ciro Gomes, que influencia a militância trabalhista nas redes socais a atacar Lula e o PT e se aproximar de uma vertente mais à direita da política brasileira.

As dificuldades de Ciro Gomes agora é que já é o quarto colocado nas pesquisas eleitorais recentes perdendo até mesmo para o ex-juiz Sergio Moro.

Ainda no âmbito do PT a corrente majoritária do partido no Ceará, conduzida pelo deputado federal José Guimarães  é amplamente favorável à manutenção da atual estrutura de poder no Ceará.

Guimarães vem defendendo a manutenção do diálogo com o PDT, o PT, incluindo a reforçando as lideranças de Camilo Santana (PT) e Cid Gomes (PDT), esse sim o verdadeiro articulador do PDT no Ceará.

Correndo por fora tem a possibilidade ainda de uma aliança do PT com o MDB de Eunício Oliveira. Nos bastidores há quem afirme que o próprio Lula já teria deixado claro que se Eunício fosse candidato a governador e dependendo da montagem do palanque político no Ceará poderia haver uma aliança entre as duas legendas.

Por outro lado, o grupo de José Airton trabalha e, inclusive já tem esse diálogo com o Lula para que o PT saia com uma candidatura própria, ou na cabeça da chapa, podendo a vice ser ocupada pelo PDT.

O problema dessa ideia é que o PDT quer mesmo a cabeça da chapa e o senador Cid Gomes já vem deixando claro que quer o PDT encabeçando a chapa majoritária, tendo em Roberto Cláudio o nome de sua preferência.  O que chamou a atenção para Cid Gomes recentemente foi que ele defendeu em um encontro do PDT a manutenção da articulação política com o PT no Ceará.

Há sim dirigentes petistas que querem essa mesma articulação, mas a cabeça de chapa estria ainda indefinida.

Voltando ao PT lembrar ainda que o governador Camilo Santana (PT) pode ser eleito ao Senado. Com boa aprovação pode se afastar do governo antes do término do mandato e disputar uma cadeira única ao Senado Federal. Mas, muitos dirigentes do PT consideram ainda que o governador Camilo terá protagonismo na definição da posição do partido nas eleições do ano que vem.

Seria muito difícil, mesmo com as articulações diferentes que tomam conta do ambiente interno petista, os petistas não ouvirem hoje sua principal liderança política.

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