• 18 de maio, 2024 08:52

Além da dualidade. Por Emerson Monteiro

ByTarso Araújo

nov 26, 2021

Emerson Monteiro

Advogado e escritor

 

Bem onde existiu o amor, única e exclusivamente, poder soberano que a tudo circunscreve na leveza das espécies, início do século absoluto, na dissolução das massas ao calor das circunstâncias. Nas dores do parto daqui, sobre as rochas ígneas do furor que nascerá de um Eu diferente do quanto havia desde as origens, renovação de aves e sonhos, pura transformação em esperança do que existiu perante o desespero final. Aqueles que assim nutrem de vontade o ânimo das feras adormecidas, esses verão a Deus.

Passadas que foram as primeiras caravanas, novas expedições descerão do céu e abrirão caminhos de receber os eleitos na Terra da Promissão. Unidos em si, acalmarão os sentidos físicos no abraço fraterno, definitivo, longe da hora das angústias, detidas nas garras das esfinges e dos dias. Foram longos infinitos que disso vieram a adormecer nas praias dos corações. e despertar o senso do inigualável de dentro das existências individuais.

Pouco importa outros mares enquanto quando aqui o dilúvio de fogo calcinará as palhas derradeiras atiradas aos bichos famintos de paixão, olhos fixos na paisagem lá distante, inutilidade do que sumiu nos becos escuros. Isto, apenas isto, a união dos objetos em nada universal do há vagando solto nessas histórias de destruições em andamento, a percorrer as artérias das multidões enfurecidas. Entretanto, a farsa do espelho embriagava de desejos torpes, Apolos sucessivos, nas noites de perdição e desamor.

Outro mundo, outros mundos, aonde seguirem os parceiros da sorte, colhidos que foram no merecimento dos botes das naves que desceram em festa sideral, portas a elas se abrirão de par em par.

Aceitar, pois, de bom grado, o rosto da razão na matriz do coração, fusão inextinguível de mil sóis, a síntese dos seres através de humana inteligência, desvendará o mistério dos dois eus, resposta aos enigmas de que fizemos parte durante os tempos da existência a pisar o chão das almas e purificar as ilusões na mais extrema felicidade.

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