• 18 de maio, 2024 09:24

TRIBUNA SINDICAL – Dirigentes sindicais e partidários em todo o Brasil convocam plenária nacional Fora Bolsonaro

ByTarso Araújo

out 29, 2021

COLUNA TRIBUNA SINDICAL

PUBLICADA NO JORNAL LEIA SEMPRE

Foi lançado nesta semana, por dirigentes de partidos políticos, entidades sindicais, dos movimentos sociais e populares, da juventude, e por artistas, professores e muitos outros ativistas de todas as regiões do Brasil uma nota pública convocando uma Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula Presidente, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, em São Paulo. Assinam o manifesto o PCO, PCPB, Edmar Batistela, presidente da CUT no Acre, Maria Isabel Noronha (“Bebel”) – deputada estadual e vice-presidente do PT/SP, Presidenta do Sindicato dos Professores estaduais SP (APEOESP), José Rivaldo da Silva – Secretário Geral da Fentect/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), André Constantine – do Movimento Nacional das Favelas e Periferias, dentre outras lideranças dos movimentos e partidos políticos.

 

Todos à Plenária Nacional por Fora Bolsonaro e Lula Presidente!

Os atos do dia 2 de outubro deixaram claro: o movimento nacional de luta pelo “fora Bolsonaro” precisa passar por uma mudança radical. Quem está saindo às ruas para lutar é forçado a tirar essa conclusão. Isso ocorre porque setores dentro do movimento buscam impor uma política que não corresponde em nada aos anseios e necessidades do povo trabalhador e oprimido.

Basta ouvir o que dizem as ruas. No dia 2/10, as manifestações deram uma sonora vaia aos convidados de honra dos defensores da política de “frente ampla”. Isto é, deram um não à política de aliança com políticos e partidos de direita. Ciro Gomes, Paulinho da Força e outros “ilustres” convidados trazidos à Avenida Paulista foram vaiados justamente porque quem está ao pé do caminhão de som não quer se aliar com golpistas.

Um número cada vez maior de ativistas da luta dos trabalhadores e da juventude compreende o papel reacionário daqueles que dizem ser contra Bolsonaro, mas apoiam sua política (as privatizações, as “reformas” contra o funcionalismo, a falta de medidas efetivas na pandemia, etc.). Está bastante claro que esses falsos aliados da luta pelo “fora Bolsonaro” têm como objetivo principal atacar a mobilização dos trabalhadores e o ex-presidente Lula.

A infiltração do movimento por esses elementos reacionários vem sendo imposta do alto. É feita sem que as bases sejam consultadas. Isso ficou muito claro no último dia 2, quando os partidários da aliança com a direita “democrática” e inimiga dos trabalhadores tentaram controlar os atos públicos com um enorme aparato. Gastaram muito dinheiro (carros de som luxuosos, seguranças, etc.) e limitaram a mobilização (suspendendo passeatas, como ocorreu em São Paulo, e até desmarcaram atos, como fizeram em Santa Catarina) para impedir a manifestação popular contra a direita.

Criaram uma coordenação paralela que não consulta nenhum ativista para decidir os rumos de todo um movimento. São dirigentes que preferem dar voz até mesmo a herdeiros de banqueiros, golpistas e todo tipo de inimigos da luta dos explorados. As bases só conseguem se fazer ouvir quando se insurgem contra os esquemas armados por essa cúpula. 

É hora de dizer “chega!” O movimento não pode ficar nas mãos de meia dúzia de pessoas. São os trabalhadores, operários, estudantes, todos os setores oprimidos da população quem têm de decidir como se organizar, quais são suas reivindicações e quem são seus aliados.

Para isso, é preciso reorganizar todo o movimento sobre novas bases. É preciso que ele seja mais democrático e aberto à participação do povo. 

É necessário que todas as decisões importantes sejam amplamente discutidas. É preciso tomar iniciativas para que a mobilização se amplie, que mais pessoas participem das manifestações e que mais manifestações aconteçam. 

Para isso, é preciso organizar a população nos bairros e locais de trabalho e estudo. É preciso criar comitês de luta e realizar reuniões e plenárias em todas as cidades e em todos os estados, para discutir e decidir como a luta deve avançar.

Esse movimento tem duas reivindicações fundamentais: “Fora Bolsonaro” e “Lula Presidente”. Elas correspondem à luta pelo fim do governo de todos os golpistas e por um governo dos trabalhadores. 

Estamos a menos de um ano das eleições e a campanha eleitoral já está em andamento. Toda a burguesia está buscando uma saída para continuar a governar. É a chamada “terceira via”, uma alternativa burguesa e direitista diante da polarização política entre Lula e Bolsonaro. Fazem todos os esforços para tornar viável a candidatura do partido de confiança dos banqueiros, o PSDB, seja ele João Doria ou Eduardo Leite. E já deixaram claro que, mesmo que não consigam emplacar uma alternativa mais ao gosto do grande capital nacional e internacional, não hesitarão em apoiar Bolsonaro uma vez mais se isso for necessário. 

Lula é o único candidato da esquerda que pode derrotar tanto Bolsonaro quanto a “terceira via” neoliberal. Para isso, no entanto, é preciso um movimento de luta para levar adiante essa candidatura. Por isso, é necessário e urgente que todos os partidos e organizações de esquerda, do movimento operário e popular defendam incondicionalmente, desde já, a candidatura de Lula. 

É necessário elaborar um programa de luta para a mobilização e para as eleições. Nesse sentido, as organizações e dirigentes abaixo-assinados convocam a realização de uma Plenária Nacional por Fora Bolsonaro e Lula presidente, a se reunir em São Paulo, nos próximos dias 6 e 7 de novembro. A plenária será aberta à participação de todos os militantes, sindicalistas, líderes dos movimentos sociais e populares, todo o ativismo classista, socialista – em uma palavra, vermelho. O objetivo é debater a organização e os rumos do movimento e apontar uma perspectiva para avançar na conquista das suas reivindicações dos explorados, por meio da luta organizada pela base, independente dos partidos burgueses, contra todos os golpistas.

Uma plenária para impulsionar a campanha por Fora Bolsonaro e todos os golpistas, pelas reivindicações dos trabalhadores diante da crise e por Lula presidente, por um governo dos trabalhadores.

  • Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
  • Nada de direita nos atos!
  • Não à privatização dos Correios e da Eletrobrás!
  • Reestatização da Petrobrás sob o controle dos trabalhadores!
  • Não à Reforma Administrativa (PEC 32) e todos os ataques contra os serviços públicos
  • Reforma Agrária com expropriação do latifúndio!
  • Reforma Urbana sob o controle das organizações populares!
  • Lula presidente, por um governo dos trabalhadores!

Foto: Brasil 247 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *